Segundo a própria grande imprensa, os trabalhadores brasileiros cruzaram os braços, nesta sexta-feira (14), nos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal, na greve geral que levou milhões de pessoas para as ruas para protestarem contra a Reforma da Previdência e os cortes promovidos pelo governo na Educação, e em defesa de diversas outras bandeiras. Em Minas não foi diferente, com paralisações e mobilizações em Belo Horizonte e várias cidades do interior. Na capital, com a paralisação total dos metroviários, o transporte público foi um caos desde a manhã, o que animou ainda mais as demais categorias para os protestos nas ruas.
Em Belo Horizonte, servidores do PJU que aderiram ao movimento grevista, liderados por membros da direção do SITRAEMG, acompanharam trabalhadores, estudantes, professores e militantes de diversos movimentos em toda a mobilização unificada que começou com concentração, pela manhã, na Praça Afonso Arinos, prosseguiu com passeata pela avenida João Pinheiro, rua Timbiras, avenida Afonso Pena, Praça Sete e avenida Amazonas, e só terminou já no final da tarde, no amplo e democrático espaço da Praça da Estação, onde foi concluída já por volta do final da tarde.
Servidores da JT de Sete Lagoas também “cruzaram os braços” na greve contra a PEC 6/2019
Servidores do TRT de Cataguases e Leopoldina também aderiram à Greve Geral
Servidores de Divinópolis aderem à greve e fazem mobilização nesta sexta (14/06)
Servidores de Governador Valadares realizam ato público contra a PEC 6/2019
Servidores de Uberlândia fazem ato público contra a Reforma da Previdência
Servidores de Juiz de Fora aderem movimento grevista e realizam ato público
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Com faixas, cartazes, balões e palavras de ordem, os manifestantes deixaram claro o recado de insatisfação em relação às diversas autoridades da administração pública, a começar pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, ministros de estado, passando pelo governador de Minas, Romeu Zema, e não perdoando nem mesmo as administrações municipais, como foi o caso de um grupo que denunciou o descaso da prefeitura de Sarzedo, na grande BH, com os servidores daquele município.
Além da Reforma da Previdência – com novidades esta semana com a apresentação do parecer do relator da proposta na Comissão Especial da Câmara – e dos cortes orçamentários das instituições do ensino superior, também foram alvo dos protestos os cortes de verbas nas escolas estaduais, a falta de valorização do professor, violência contra a mulher, desrespeito ao meio ambiente, falta de medicamentos para a população carente, o racismo, a ameaça de mais privatizações, terceirizações e os ataques que visam enfraquecer a Justiça do Trabalho. “A Justiça do Trabalho é instrumento de justiça social”. Esses foram os dizeres de uma faixa que coordenadores do SITRAEMG e servidores do Judiciário Federal acompanharam e ajudaram a carregar durante todo o trajeto da passeata.
A indignação contra as políticas do governo de retirada de direitos e desmonte do Estado foi a tônica dos protestos. Mas o mais recente escândalo envolvendo figuras públicas nacionais também não passou despercebido. Em frases estampadas em cartazes, estudantes ironizaram o diálogo travado entre o procurador federal Deltan Dalagnol e o juiz Sérgio Moro a respeito de investigações da operação Lava Jato, pelo aplicativo Telegram, tornado público em reportagem publicada no último domingo (10), no site noticioso The Intercept.
Ao final, os comentários gerais entre os participantes da agitação foram de que a mobilização contra o desmonte do serviço público crescem cada vez mais, e que, a continuar essa tendência, o governo vai ter que ceder muito ainda na Reforma da Previdência, nos cotes orçamentários da educação e outras medidas que venham a reduzir direitos da população.
