Iniciado às 16h desta terça-feira, após a aprovação da PEC 55 (antiga PEC 241) no Senado Federal, diversos movimentos se reuniram na Praça 7, em Belo Horizonte para protestar contra o retrocesso que a proposta representará para o serviço público brasileiro. A manifestação reuniu cerca de 5 mil pessoas, entre sindicalistas, membros de movimentos sociais, estudantes secundaristas e universitários e trabalhadores do setor público e privado. Os coordenadores Igor Yagelovic e Sandro Pacheco além do diretor de base José Francisco e o assessor político Efraim Moura representaram o SITRAEMG no ato.
O Ato começou com uma concentração na Praça 7 e após às 18h ocupou as faixas da Av. Afonso Pena, via arterial da cidade. A manifestação seguiu rumo a Praça Raul Soares, onde parte do movimento se dividiu seguindo em direção a praça da Assembleia e encerrando o movimento em frente a sede do Banco Central (Bacen) em Belo Horizonte. Os manifestantes gritaram palavras de ordem contra os cortes nas áreas sociais, principalmente na saúde e educação, mas também em infraestrutura, transporte, segurança e justiça. O movimento escolheu o Bacen para simbolizar a crítica contra o sistema financeiro, grande causador da crise, e que privilegia o pagamento da dívida pública em detrimento dos direitos sociais dos trabalhadores e da juventude.
O coordenador do Sindicato Sandro Pacheco fez uma fala no carro de som contra os cortes na justiça e a PEC 55, que segundo o diretor vai destinar fundos que deveriam ser revertidos em serviços públicos pra população para aumentar o desvio direto para pagamento de juros da dívida pública, Sandro também alertou que o próximo ataque do governo seria à previdência e que todos os trabalhadores e estudantes deveriam estar unidos para que não sofram um novo golpe.
Em baixo de chuva, o ato foi encerrado por volta das 21h, um forte esquema de segurança da tropa de choque da polícia militar cercou todo o ato na praça da assembleia e fez uma barreira para impedir que os manifestantes ocupassem o Banco Central ou a Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Até o fechamento dessa matéria, não houve nenhum registro de conflito entre a polícia e manifestantes.
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