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Mais de 2000 pessoas presentes no ato do Grito dos Excluídos em Belo Horizonte

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Grito dos Excluídos, na Praça da Estação
Marcha contra a corrupção, na Praça da Liberdade

Servidores do Judiciário Federal e representantes do SITRAEMG marcaram presença nos protestos realizados nesta quarta-feira, 7 de setembro, em Belo Horizonte. Nas manifestações do Grito dos Excluídos, estiveram presentes os servidores José Francisco Rodrigues (coordenador executivo do SITRAEMG), Gerson Appenzeller (membro do Conselho Fiscal), Rubens Pinheiro, Célio Izidoro e Luiz Fernando Rodrigues. No ato da Praça da Liberdade, participaram José Francisco Rodrigues e Rubens Pinheiro.

GRITO DOS EXCLUÍDOS

A concentração aconteceu na Praça da Estação onde, com cartazes, faixas e adornos os manifestantes entoaram cânticos e gritaram palavras de ordem dentro do lema do Grito deste ano: “Pela vida grita a terra… Por direitos, todos nós!” De lá caminharam até a Praça da Rodoviária onde fizeram novo ato de protesto e depois até a Praça Sete.

Um grupo de estudantes protestou contra o terço de desconto do passe escolar. “Queremos passe livre para ter direito à educação”, entoaram. Anabela Flores da Silva, de 9 anos exibia um cartaz com os dizeres: “Mexeu com meu professor, mexeu comigo”, numa alusão aos ataques sofridos pelo magistério público mineiro em greve há mais de 90 dias, pelo pagamento do piso nacional de R$ 1.187,00. Em fase de alfabetização, ela sofre com a greve, tem de ficar em casa de uma vizinha e teme perder o ano letivo. Mas, junto com a família, apóia o movimento paredista. Sua mãe, Maria do Carmo Silva, acredita ser a persistência do movimento, a única maneira de os professores conquistarem o que demandam.

Forte

Maria dos Prazeres, com um lenço branco, bordado com fitas verde e vermelha, vestindo uma t-shirt do MST, ostentava uma faixa pedindo moradia para quem trabalha. Mas também repetia slogans por saúde preventiva, digna e efetiva. Energia com preços sociais e pela reforma agrária. Aos 74 anos, ela participava do Grito junto com duas netas e uma bisneta de apenas 3 meses. As crianças são da ocupação Dandara. Ela vive de aluguel na periferia de Contagem, após perder um imóvel própria para o Córrego do Onça. Revela que nunca se refez financeiramente das perdas – as enchentes recorrentes foram confiscando o pouco que conseguiu ajuntar até que a última delas levou absolutamente tudo, até a identidade, contou em lágrimas. Maria não desiste: tem fé nas mudanças feitas pelos homens, com as bênçãos de Deus. Hoje ela divide a casa com mais sete parentes, mas sonha com o imóvel próprio e em voltar para Salgueiro, em Pernambuco, de onde saiu há 40 anos.

Na parada estratégica dos manifestantes na Praça da Rodoviária – enquanto os militares do desfile de Sete de Setembro terminavam sua apresentação – representante dos moradores de rua arrancou aplausos dos que estavam próximo ao carro de som. O único depoente a conseguí-lo. Ele denunciou a internação compulsória de moradores de ruas, numa espécie de limpeza das ruas para a Copa do Mundo. “Já começou no Rio de Janeiro, onde já existe até amparo legal. E já está começando aqui..”, alertou. Mulheres também denunciaram a explosão da violência doméstica e familiar e, no caminho para a Praça Sete o ex-vereador Antônio Pinheiro fez um protesto “contra a corrupção que suja, que mancha o solo brasileiro”.

MARCHA CONTRA A CORRUPÇÃO

Cerca de duzentos manifestantes ocuparam a Praça da Liberdade, na região da Savassi, em Belo Horizonte, na tarde desta quarta-feira (7). Com carro de som e cartazes, eles protestaram sobre escândalos de corrupção.

Liderado por jovens da classe média de Belo Horizonte, o movimento, conhecido como os caras pintadas, foi convocado pela internet. Segundo integrantes do movimento, “a população precisa ir às ruas para colocar fim à onda de roubos no Congresso Nacional”.

De acordo com a Empresa de Transporte e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), os protestos na Praça da Liberdade não geraram reflexos no trânsito.

Além dos caras pintadas, integrantes de vários movimentos sociais também protestaram na cidade. Eles se reuniram na Praça da Estação, no centro de Belo Horizonte em um manifesto que faz parte do 17º Grito dos Excluídos.

O Grito do Excluídos surgiu em 1995, ligado à Campanha da Fraternidade daquele ano. Criado pelo Setor Pastoral Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a mobilização ganhou adesão de outras entidades e movimentos sociais aos longo dos anos.

Desfile na Afonso Pena

O protesto dos caras pintadas ocorreu após o fim do desfile do 7 de Setembro na avenida Afonso Pena, por volta das 12h.

Reunindo cerca de seis mil homens, entre eles agentes das Forças Armadas e das Forças Auxiliares, o desfile emocionou as milhares de pessoas que foram conferir o cortejo do Dia da Independência no centro da capital mineira.

De acordo com oficiais do Exército, uma contagem de helicóptero registrou a presença de 75 mil pessoas, mas um balanço do público exato deve ser divulgado nesta tarde.  

Segundo a BHTrans, apesar do término do evento, o trânsito permaneceu interditado na avenida até as 13h.

Fonte: Vermelho e Jornal O Tempo
Fotos cedidas pelo coordenador do SITRAEMG José Francisco Rodrigues

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