E atenção: a eleição dos delegados de Minas ao 9º Congrejufe será no próximo dia 12; participem!
O senador Delcídio do Amaral (PT/MT) defendeu o Palácio do Planalto durante um bom tempo, na condição de “competente” líder do governo no Senado, impedindo a aprovação de quaisquer projetos que sinalizassem avanços em reivindicações de servidores públicos federais, como no caso do veto presidencial ao PL 28/15, da reposição salarial dos servidores do Judiciário Federal, que acabou sendo mantido em votação no Congresso Nacional. Pois esse parlamentar todo-poderoso foi preso em novembro, por tráfico de influência e envolvimento em esquemas de corrupção e desvios de recursos públicos. Solto na semana passada, colocou a boca no trombone no depoimento que concedeu para conseguir a delação premiada e entregou, de bandeja, o ex-presidente Lula e a atual presidente Dilma Rousseff. Pelas narrativas do senador, divulgadas pela revista IstoÉ (confira AQUI), Lula e sua sucessora usou de todas as prerrogativas que o poder lhes permitia – e continua permitindo – para “esconder” as falcatruas de seus respectivos governos.
Um dia depois das denúncias de Delcídio do Amaral virem a público, Lula foi conduzido coercitivamente na manhã desta sexta-feira, pela Polícia Federal, para prestar depoimentos referentes a operação Lava Jato. Na imprensa, já é divulgada a informação do Ministério Público Federal de que o ex-presidente foi “um dos principais beneficiários” de crimes cometidos na Lava Jato. De acordo com nota do MPF, há fortes indícios de que a empreiteira OAS pagou R$ 1,3 milhão a uma empresa contratada para armazenar pertences do período de Lula na Presidência. “Possivelmente sua influência foi usada, antes e depois do mandato – o que é objeto de negociação para que o esquema existisse e se perpetuasse”, acrescenta, em nota, o MPF.
Agora se explica: porque tantos cortes orçamentários no Judiciário
Essas revelações que chegam agora servem como parâmetro para explicar os bilhões de recursos que vêm sendo desviados, há anos, dos cofres públicos, o que levou a atual presidente da República a promover cortes sem precedentes no orçamento da União. Somente o orçamento do Poder Judiciário Federal foi atingido pela “tesoura presidencial” com uma redução de 40%. E, com isso, depois de perder a batalha no Congresso com o PLC 28/15, agora os servidores estão tendo que “engolir goela abaixo” o PL 2648/15 (PL do “leitinho”, como disse Lewandowski) sem as melhorias reivindicadas. E, pior: tendo que mendigar a aprovação do projeto do jeito que o governo quer.
Enquanto isso, o servidor do Rio de Janeiro Roberto Ponciano, que é integrante da direção da Fenajufe, continua manifestando, em seu perfil no Facebook, seu apoio incondicional aos governos petistas. “Um juiz fascista e uma insistenre (sic) tentativa de golpe institucional”, postou ele hoje em referência à ação da Polícia Federal hoje na residência de Lula. “O movimento derruba o veto foi uma abdução coletiva!”, postou o dirigente licenciado da Federação em 25 de fevereiro deste ano.
Governistas e petistas, fora!
São muitos os motivos para a categoria reagir a essa situação que de crise por que passa o País. Chegou a hora de, ao escolher os seus representantes para o próximo Congrejufe, rechaçar de vez da Fenajufe os dirigentes ligados ao governo, à CUT e ao PT, que já não representam os trabalhadores há muito tempo. Ao contrário, buscam retirar os direitos – principalmente os previdenciários – da classe e as possibilidades de recuperar as perdas salariais que já se acumulam há uma década.
E é por isso que o SITRAEMG reitera e reforça mais uma vez a convocação aos servidores do Judiciário Federal para o seminário e a AGE agendados para o próximo dia12/03 (mais detalhes AQUI), quando serão amplamente debatidos os temas que serão objeto de discussão e decisão no Congrejufe e eleitos os delegados que representarão Minas no evento. E nunca se pode esquecer: no Congresso, haverá eleição da nova diretoria.