Hepatites virais se manifestam como uma infecção que atinge o fígado, causando alterações leves, moderadas ou graves.
Na maioria das vezes silenciosa, a doença não apresenta sintomas. Mas, quando presente, pode se manifestar como cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
As causas mais comuns são os vírus A, B e C, e com menor freqüência, os tipos D e E.
As infecções causadas pelos vírus tipo B ou C frequentemente se tornam crônicas, embora nem sempre apresentem sintomas. Isso faz com que elas evoluam sem que se busque o diagnóstico. Dependendo do estágio de evolução, podem comprometer o fígado e avançar para uma fibrose ou cirrose, chegando ao desenvolvimento de um câncer e a conseqüente necessidade de transplante do órgão.
Atingem aproximadamente 1,4 milhões de mortes anualmente no mundo, seja por infecção aguda, câncer hepático ou cirrose associada às hepatites. A taxa de mortalidade da hepatite C, por exemplo, pode ser comparada ao HIV e tuberculose.
A detecção dos vírus que causam as hepatites virais é realizada por meio de testagem. Nos casos das hepatites B e C, o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza testes rápidos e, para os demais vírus, é recomendado o teste de sorologia, analisado laboratorialmente.
O SUS disponibiliza vacinas contra as hepatites A e B. Já a hepatite C possui medicamentos que permitem sua cura. O Calendário Nacional de Vacinação recomenda uma dose de vacina recombinante contra a hepatite B ao nascer (no máximo até 30 dias após o nascimento) e a continuidade do esquema vacinal com a vacina pentavalente aos dois, quatro e seis meses de idade, além de uma dose de vacina inativada contra a hepatite A aos 15 meses de idade.
Alguns hábitos de rotina que podem evitar esses vírus são: lavar as mãos sempre; higienizar os alimentos (sobretudo os consumidos crus) com água tratada, clorada ou fervida; cozinhar bem os alimentos antes de consumi-los; lavar adequadamente pratos, talheres, copos e mamadeiras; usar instalações sanitárias; procurar higienizar o corpo também com água tratada ou não comprometida; evitar a construção de fossas próximas a poços e nascentes de rios; usar preservativos e higienizar as mãos e genitália antes e após as relações sexuais.
Câncer de cabeça e pescoço
São tumores que se desenvolvem nessas regiões do corpo, podendo aparecer na cavidade oral (lábios, gengiva, céu da boca e língua), na faringe (região da garganta, por onde passam os alimentos e o ar inalado pelo nariz), na laringe (atinge a região da garganta onde se localizam as cordas vocais) ou na glândula da tireóide (responsável por produzir hormônios que regulam a função do coração, cérebro, fígado e rins).
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, a cada ano, apareçam cerca de 1,5 milhão de novos casos de câncer de cabeça e pescoço, e haja cerca de 460 mil mortes. No Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), houve cerca de 685 mil novos casos desse tipo de câncer entre 2020 e 2022. Os casos mais comuns, entre os homens, são os tumores de câncer de boca, e entre as mulheres, de tireóide.
Os principais sintomas são manchas brancas ou avermelhadas na boca (acompanhadas de dor e sangramento), feridas na boca que não cicatrizam, nódulo no pescoço (pode ser sentido ao apalpar), rouquidão e/ou alteração na voz por mais de 15 dias, dor de garganta que persiste mesmo com medicamentos, tosse persistente, dor ou dificuldade para engolir e/ou respirar, dor no ouvido e dor de cabeça.
O diagnóstico deve ser feito por um médico, através de análise clínica e sinais dos sintomas, e conseqüente biopsia do tumor detectado. A doença pode também ser detectada por exames de imagem como ultrassonografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética e PET-TC.
O tratamento se dá de acordo com a área atingida, extensão da doença e saúde geral do paciente. De acordo com cada caso, pode ser feito por cirurgia, quimioterapia e imunoterapia ou radioterapia.
As formas de prevenção são: não fumar, não beber bebidas alcoólicas em excesso, ter uma boa higiene bucal, vacinar-se contra o HPV (no caso dos jovens adultos) e visitar o médico regularmente. Além disso, é prudente usar preservativo nas relações sexuais.
Fontes: Ministério da Saúde, Secretaria de Saúde do Paraná e Laboratório Pfizer
Assessoria de Comunicação
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