“Juiz federal é preso por desacato à autoridade em Belém (PA)”. Esse é o título de matéria publicada no site Folha On Line. A seguir, a íntegra da texto:
“Juiz federal é preso por desacato à autoridade em Belém (PA)
Um juiz federal foi detido na manhã desta segunda-feira em Belém (PA) após brigar com a mulher em uma das praças mais populares da capital paraense. Policiais militares e guardas municipais que atenderam a ocorrência afirmaram que o juiz Rubens Rollo D’Oliveira resistiu a prestar depoimento afirmando ser um magistrado e ainda os chamou de “palhaços”. Disse também que, se eles quisessem “aparecer”, era melhor “pendurar uma melancia no pescoço”.
Por isso, Rollo, titular da 3ª Vara Federal da cidade, acabou autuado em flagrante por desacato à autoridade –que pode levar a até dois anos de detenção, caso ele seja processado e considerado culpado.
Já sua mulher registrou um boletim de ocorrência. Nele, ela afirma que seu marido a agrediu e ameaçou, segundo a Secretaria Estadual da Segurança Pública. Um inquérito foi aberto para investigar o caso.
A confusão começou por volta das 10h. Após se desentender com a mulher na praça Batista Campos, em uma área nobre de Belém, Rollo se dirigiu a uma base da Guarda Municipal no local dizendo estar sendo perseguido por uma “gorda louca”, segundo o guarda Pedro Gomes, que o atendeu.
Pouco tempo depois, a mulher do juiz, chorando, foi até a base, acompanhada de policiais militares que faziam a ronda na praça, e afirmou ter sido agredida pelo marido na barriga, segundo a PM.
Quando os policiais e os guardas disseram que os dois tinham de ir para uma delegacia, o juiz ficou “muito exaltado”, de acordo com Gomes. “Ele dizia: ‘Você não pode me prender porque eu sou juiz federal, conheço a governadora [Ana Júlia Carepa]'”, conta o guarda. “Daí começou a xingar a gente. Ele estava gritando, todo mundo ouviu, até o pessoal que faz cooper na praça parou para ver.”
Apesar disso, Rollo acabou seguindo para a delegacia, depois que os policiais chamaram reforços. Depois, foi liberado.
Segundo o advogado do juiz, Luciel Caxeado, as versões da mulher e dos policiais são “invenções”. Para ele, o que houve foi abuso de autoridade por parte dos policiais, que chegaram a algemar o juiz desnecessariamente. Ele diz que não comentará os motivos da briga conjugal, por se tratar da “vida particular” do cliente.”
