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Homem tenta incendiar fórum da JT em Contagem

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O homem-bomba Lázaro Moíses Ferreira Tchuei, de 55 anos, levou terror para os cidadãos que estavam, ontem, na sede do Fórum de Justiça do Trabalho de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O atentado ocorreu na 2ª Vara da Justiça do Trabalho, no terceiro andar do edifício, no Centro da cidade. Ele pôs fogo na sala de espera, derramou combustível para incendiar o local em que ocorria uma audiência presidida pela juíza titular da 2ª Vara, Kátia Fleury, e só não explodiu uma bomba caseira porque foi detido pelo advogado Wyllen José Fontes, de 43 anos. O crime ocorreu no prédio em que funciona uma agência da Caixa Econômica Federal.

Os serviços prestados pelo banco foram suspensos e as 300 audiências marcadas para ontem nas cinco varas da Justiça do Trabalho de Contagem foram suspensas para que o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) fizessem a inspeção do edifício. O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 3ª Região informou que as audiências marcadas para hoje estão mantidas, à exceção daquelas que aconteceriam na 2ª Vara do Trabalho.

A polícia detonou, com isolamento e proteção de vários pneus, uma bomba caseira que estava na sede do prédio. O artefato foi feito com foguetes, pregos usados em cercas e bolas de gude. Os fragmentos foram recolhidos pelos peritos da Polícia Federal. Lázaro Moíses disse à polícia que foi pago por uma pessoa chamada João Reis, da cidade de Esmeraldas, na Região Central, para explodir a 2ª Vara da Justiça do Trabalho de Contagem. De acordo com a funcionária pública Cláudia Sacramento, não foi encontrado, nessa comarca, nenhum processo em que constasse o nome do agressor. A polícia ainda desconhece a motivação do crime.

De acordo com o advogado Wyllen José Fontes, o ataque começou às 11h15, quando Lázaro chegou acompanhado de um comparsa e começou a espalhar gasolina no chão da sala de espera. Um policial que seria testemunha de audiência trabalhista tentou conter o agressor, mas ele arremessou uma bomba em sua direção. O policial conseguiu segurar o artefato e saiu em perseguição do comparsa de Lázaro.

O incendiário aproveitou a ocasião para atear fogo na sala de espera e seguiu para o local em que iria ocorrer uma audiência do trabalho, presidida pela juíza Kátia Fleury. As pessoas que estavam na sala de espera conseguiram apagar o fogo e fugiram do prédio. Lázaro Moíses conseguiu pegar, pela gravata, o advogado Wyllen José Fontes para fazê-lo de refém.

O advogado foi capaz de deter o agressor, mas ele teve sua gravata e meias queimadas e correu risco de morrer incendiado. “Ele segurava a minha gravata e me perguntava se eu era o juiz. O homem tinha galões de gasolina e esparramou o líquido pela sala. Tomei o produto da mão dele e joguei pela janela”, conta Wyllen. Ele brigou com o homem-bomba e conseguiu dominá-lo, com ajuda de outras pessoas do prédio.

Assustada, a juíza Kátia Fleury desconhece o motivo do crime, mas garante que passou momentos de terror. “É preciso destacar o ato de coragem do advogado que conseguiu deter esse homem e evitar a morte de muitas pessoas. Trabalhamos em um prédio que não conta com nenhum tipo de segurança e na semana passada tive de chamar a PM para terminar uma audiência”, reclama.

Em nota oficial, o TRT da 3ª Região reconheceu que há dificuldade em controlar a entrada e saída nos prédios da Justiça do Trabalho em razão de serem públicas as audiências. O comunicado informa que algumas medidas de segurança já foram tomadas, como instalação de circuito interno de TV, detector de metais e catraca eletrônica.


Fonte: Jornal Estado de Minas

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