Nesta quarta-feira (13/09), às 21 horas, vai haver um “Aulão público sobre a PBH Ativos S/A”, no espaço Multimídia 4 do Instituto Izabela Hendrix (Rua da Bahia, 2.020, bairro de Lourdes, Belo Horizonte). A iniciativa faz parte da programação da Semana de Arquitetura e Urbanismo (SAU) da instituição e terá como debatedores Eulália Alvarenga, Tiago Canettieri e Sirlei Sá Moura, integrantes do Núcleo Mineiro da Auditoria Cidadã da Dívida.
A palestra será aberta ao público. Vale a pena participar.
PHB Ativos: endivida o município de BH para favorecer especuladores
A PBH Ativos é uma empresa criada pela prefeitura de Belo Horizonte para gerir obras de infraestrutura, Parcerias Público-Privadas (PPPs), administração patrimonial e captação de ativos financeiros. A empresa, de direito privado, foi criada durante a gestão do ex-prefeito Márcio Lacerda. Como tem explicado a auditora fiscal e coordenadora nacional da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lúcia Fatorelli, em suas palestras sobre dívida pública, como isso, o município de Belo Horizonte assumiu uma obrigação de R$ 880 milhões, sujeita a atualização pelo IPCA e disfarçada de “debênture subordinada”, com a expectativa de receber apenas R$ 200 milhões, e somente quando forem vendidas as debêntures sênior. E a prefeitura ainda doa imóveis públicos para a PBH Ativos S/A. Para Fatorelli, trata-se de uma forma explícita de endividamento e transferência de recursos públicos para os especuladores. Apesar do lobby e pressão do ex-prefeito e beneficiários para garantir a manutenção da PBH Ativos, há uma CPI em curso na Câmara Municipal da capital com o objetivo de elucidar essa negociata e, se possível, extinguir a empresa ilegalmente criada.
Além de apoiar e divulgar as palestras da coordenadora nacional da Auditoria Cidadã da Dívida que abordam também essa questão, o SITRAEMG, através do coordenador Henrique Olegário Pacheco, que também estará presente no debate da noite de hoje, vem acompanhado de perto a CPI da PBH Ativos, na Câmara de Vereadores de Belo Horizonte.