A concentração neste segundo dia de greve dos servidores mineiros do Judiciário Federal é em frente ao prédio do TRT da Rua Mato Grosso, 468, em Belo Horizonte. Aos poucos, os grevistas, das Justiças Eleitoral e Federal, convocados pelo SITRAEMG, vão chegando e se juntando aos colegas da Justiça do Trabalho e mostrando a força da mobilização da categoria pela aprovação do PL 6613/09 (de revisão salarial dos servidores do Judiciário Federal) e contra o PLP 549/09 (prevê o congelamento dos salários de todos os servidores públicos do país, até2019), rejeitado ontem em votação na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público (CTASP).
Ao microfone, diretores do Sindicato apelaram aos servidores do TRT da Mato Grosso para que parassem de trabalhar. “Não entrem para trabalhar; desçam para a greve”; “A luta é aqui, na rua, no chão, não é trabalhando”, disseram. Ao mesmo tempo, outros diretores, em grupos, percorrem outras unidades dos tribunais, chamando os colegas para a greve e convidando-os para a concentração no TRT da Rua Mato Grosso, que prossegue até por volta das 15 horas de hoje. Amanhã, será em frente ao prédio da Justiça Federal, também desde as 8 horas e, como sempre, com um café da manhã.
Sensibilizados com os apelos do Sindicato e dos colegas que já estão em greve, servidores das varas foram se aglomerando à porta do tribunal. A servidora Margareth, da Justiça do Trabalho, também ocupou o microfone para fazer um sério questionamento: “O governo diz que está emprestando dinheiro para a Grécia, o Haiti e outros países, e alega não ter dinheiro para pagar a nós, servidores. O que está por trás disso? Se nãotem dinheiro para pagar o salário do servidor, então não deve ter também para emprestar para fora”. Depois, deixou o seu apelo: “Conscientize-se, cada um em sua vara. [O pleito dos servidores] é uma questão de justiça”.
Em estrutura montada pelo SITRAEMG no local da concentração, estão sendo distribuídos apitos, bonés, camisas e adesivos além do JORNAL DO SITRAEMG, tarjas pretas e a carta aberta à população.
Fica mais uma vez o apelo do SITRAEMG e dos que já aderiram ao movimento grevista: parem de trabalhar, entrem em greve!