Gregos fazem greve geral para evitar pacote de medidas imposto pelo FMI

Compartilhe

A Acrópole, em Atenas, começou a semana recoberta de faixas convocando a greve geral de 48 horas marcada para esta terça e quarta-feira. A intenção dos sindicatos, movimentos e partidos de esquerda é que a paralisação se estenda por todos os setores, inclusive o de energia elétrica, cuja privatização é exigida pelos credores em troca de mais um empréstimo mitigatório de 12 bi de euros.

A greve geral antecipa a reação popular à sessão do Parlamento, marcada para 5º feira – dia 30 – quando será votado o plano de arrocho fiscal negociado pelo governo Papandreu em Bruxelas, com o FMI e a Comissão Européia.

Os bancos estão otimistas. Apostam que as bases da ‘travessia’ grega estão pavimentadas. Avaliam que se tudo der certo, o ‘modelo grego’ poderá, inclusive, ser replicado em outras economias colapsadas da periferia européia.

O acordo inclui requintes como a exigência de que o ajuste seja votado pelo congresso para ganhar ares de legitimidade. Pesquisas divulgadas na semana passada indicam que 75% da população é contra o pacote que inclui cortes de gastos em serviços essenciais, privatizações, a demissão de 150 mil funcionários públicos e aumentos de impostos, com redução da faixa de isentos.

Comentário da secretária do Partido Comunista grego, Aleka Papariga: “O ultimato da UE não é dirigido ao governo grego, que já o aceitou há muito, mas sim ao povo grego. O que ele diz é: abaixem suas cabeças”.

O movimento grevista vai medir a capacidade que tem um povo de manter a espinha dorsal erecta, à revelia do governo e da maioria dos partidos.

Fonte: Carta Maior (www.cartamaior.com.br)

Compartilhe

Veja também

Pessoas que acessaram este conteúdo também estão vendo

Busca

Notícias por Data

Por Data

Notícias por Categorias

Categorias

Postagens recentes

Nuvem de Tags