A estratégia do governo de acelerar o empenho de recursos do Orçamento da União nas últimas semanas do ano passado garantiu uma folga recorde de R$ 41 bilhões que permitirá à equipe econômica continuar gastando dinheiro que foi arrecadado ainda em 2007 enquanto negocia a aprovação do Orçamento de 2008 no Congresso, informa nesta sexta-feira reportagem da Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).
Segundo a reportagem, os R$ 41 bilhões incluem investimentos e despesas de custeio em geral que estão assegurados justamente porque o governo separou o dinheiro antes do encerramento do ano.
O valor é maior do que a verba que o governo perderá com o fim da cobrança da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).
Com isso, o governo tentará evitar ficar refém da oposição nos debates da proposta orçamentária e buscará assegurar o andamento de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) num ano de eleições.
A Folha informa que, na virada de 2006 para 2007, o volume de restos a pagar foi de R$ 28 bilhões.
Fonte: Folha On Line