GM demite 744 funcionários

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A Fiat retoma a produção, com o fim das férias coletivas na fábrica de Betim, na Grande Belo Horizonte, num cenário de incerteza no setor automotivo e na indústria siderúrgica, em que as demissões persistem. O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, no interior de São Paulo, informou, ontem, que a General Motors comunicou a dirigentes da entidade a decisão de demitir 744 trabalhadores da unidade instalada no município. Entre as dispensas, 600 pessoas haviam sido contratadas no ano passado por tempo determinado, parte delas em contratos com vencimento inicialmente previsto para junho. A informação não foi confirmada pela empresa.

Em Betim, o sindicato dos metalúrgicos estima 907 demissões em empresas do setor automotivo em outubro e novembro do ano passado, mais de três vezes o número de homologações de rescisões de contratos de trabalho feitas nos mesmos meses de 2007. Os acertos de dezembro ainda estão sendo realizados e por isso não estão computados ainda. Depois do retorno de férias de 12 mil trabalhadores na semana passada, outros 3 mil começaram a retornar ontem na Fiat, completando o quadro de empregados da produção.

A Fiat informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não há previsão para novos períodos de férias coletivas ou ajuste de pessoal, envolvendo demissões. Os estoques da montadora italiana teriam se regularizado com as vendas de dezembro, incentivadas pela redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

Os dirigentes do sindicato dos trabalhadores de Betim devem se reunir nos próximos dias com representantes de 15 empresas do setor automotivo da Grande BH, que já propõem medidas para flexibilizar os contratos de trabalho, tendo como justificativa a turbulência na economia. Na avaliação de Marcelino da Rocha, presidente do sindicato local dos metalúrgicos, ainda é cedo para a discussão da suspensão de direitos trabalhistas.

CORTE NA GE A GE

Transportation, Gevisa S.A, unidade de Contagem, confirmou a demissão de aproximadamente 70 trabalhadores, conforme divulgado ontem pelo Estado de Minas. A dispensa em massa ocorreu em diversos setores da empresa, oito dias após o fim da estabilidade do emprego garantida em acordo salarial, e é atribuída à redução do volume de encomendas de setores exportadores, como o de minérios e metalúrgico. Atingida pela crise financeira mundial, a redução das exportações é também responsável pela desaceleração na produção e manutenção de locomotivas. “Houve desaquecimento na demanda de serviços, principalmente do setor mínero-metalúrgico que refletiu diretamente na diminuição do nível de atividades”, confirma a empresa, em nota oficial.

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