O coordenador geral Paulo José da Silva participou da reunião da Frente Parlamentar Mista do Serviço Público realizada na tarde desta segunda-feira (21). Segundo ele, na reunião, o deputado Rogério Correia (PT/MG), um dos coordenadores da Frente, reiterou a necessidade de as entidades intensificarem os contatos com os deputados federais de seus respectivos estados, em mensagens por e-mail e por telefone, cobrando de cada um deles o voto contra a PEC 32/2020, da Reforma Administrativa.
No entendimento de Correia, muitas vezes os parlamentares votam de acordo com a orientação de suas lideranças, sem lerem antes o teor das proposições. A pressão sobre eles pode fazê-los se obrigarem a analisar mais detidamente e até mesmo desobedecer suas lideranças e mudar o voto pela rejeição da PEC. Assim como foi sugerida a mobilização, desde já, também com os senadores, para obter o apoio deles e, assim, desencorajar os deputados a votarem a favor de uma matéria que poderá ser derrotada na casa revisora.
Na reunião foi informado que os partidos de oposição estão trabalhando em algumas alterações no texto para barrar a proposta do governo. É o caso, por exemplo, do Partido dos Trabalhadores, que estuda a apresentação de um substitutivo, para confrontar com o texto original, e de várias emendas, uma delas propondo a exclusão dos atuais servidores das medidas e outra, ao contrário, incluindo os militares. Por outro lado, o deputado Kim Kataguiri (DEM/SP), um dos maiores defensores da reforma, quer incluir emendas incluindo da Magistratura e do Ministério Público.
Deixando de lado os reformistas, a intenção da oposição é fazer com que os debates dessas emendas atrasem ao máximo a tramitação e votação da reforma. Nesse sentido, um ponto já favorável aos servidores é a existência de divergência entre o relator da PEC, deputado Arthur Maia, e o presidente da Comissão Especial, deputado Fernando Monteiro (PP/PE), em alguns pontos do texto em tramitação.
Fazendo uma avaliação sobre as manifestações do último sábado (19), que teve como principal bandeira o “Fora Bolsonaro”, mas também várias outras, com o “não” à PEC 32/20, as opiniões foram unânimes de que as mobilizações foram um sucesso. Eles também elogiaram a iniciativa do Sitraemg e outras entidades nacionais de realizarem projeções de mensagens contra a reforma em Belo Horizonte e outras seis capitais brasileiras, nos últimos dias 18 e 19.
