A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) em parceria com o Instituto Brasileiro de Administração do Sistema Judiciário (Ibrajus) promovem o concurso “Robotização no Poder Judiciário”. O objetivo, segundo eles, é estimular o estudo do uso de robôs que possam se encarregar de ações repetitivas, ou outras que se revelem oportunas para agilizar o Poder Judiciário brasileiro em todos os seus ramos e atividades.
Resta saber se o que o judiciário precisa é de mais robotização, ou humanização no trabalho. A palavra robótica foi criada pelo romancista e bioquimico russo Isaac Asimov, para os livros de ficção cientifica da série “Eu, robô”. A palavra Robot, em russo é uma variação da palavra Robota, que significa escravo. A morfologia da palavra robô acaba criando um significado bem irônico para a expressão “Robotização no Poder Judiciário”, principalmente em tempos de congelamento salarial que segue por mais de 9 anos, e quando o STF só fala de aumento das metas.
A Ajufe pede artigos sobre medidas inovadoras que, por meio do uso de robôs – tanto hardware quanto software, colaborem para a simplificação, agilização e eficiência dos serviços judiciais ou administrativos da Justiça, de qualquer foro ou instância. Observamos curiosos tal iniciativa, pois temos ciência de que o investimento em tecnologia é importante para a melhoria do serviço, mas sabemos que a justiça só pode ser mais célere com a valorização de seus servidores e o aumento substancial de material humano dentro do tribunal, gente de carne e osso, e não robôs.
Todas as informações sobre o concurso, inclusive sobre as inscrições, que poderão ser feitas até o dia 04 de abril, estão disponíveis no portal da Ajufe. O vencedor será premiado com um tablet. O segundo e o terceiro lugares ganharão celulares. Outras informações também poderão ser obtidas pelo telefone (41) 3339-1387 ou pelo e-mail econcursorobos@ibrajus.org.br.
