Os servidores do Judiciário Federal em Minas aprovarem a adesão à greve nacional da categoria a partir de 30 de junho, com a previsão de avaliação do movimento no dia 4 de julho, como forma de pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para que envie, finalmente, o anteprojeto do Plano de Carreira da categoria ao Congresso Nacional.
A indicação do movimento paredista está prevista no calendário de lutas pelo Plano de Carreira aprovado no 12º Congresso Nacional da Fenajufe, e a adesão dos mineiros foi aprovada na noite dessa sexta-feira, 13 de junho, em assembleia geral extraordinária que reuniu os cerca de 400 filiados que participam XII Congresso Ordinário Estadual do Sitraemg. O evento se realiza no hotel Mercury, em Belo Horizonte, e prossegue até domingo (15).
A mesa da AGE foi conduzida pelo coordenador do sindicato David Landau, tendo ainda como componentes os coordenadores Alessandra Barbosa, Carlos Cabeça e Helvécio Moreira, e ainda os filiados Maria Gorete de Paula Amaro, do TRT3 em Juiz de Fora, e Petrônio Mendes, do TRT33 em Teófilo Otoni.

David Landau fez um relato do que foi conversado com o ministro Luiz Roberto Barroso, presidente do STF, na reunião do dia 5 de junho, com a Fenajufe e sindicatos, e salientou que o magistrado não prometeu nada de concreto, mas apenas intenções.
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Landau lembrou que o texto do anteprojeto, aprovado em âmbito nacional pela categoria, em novembro de 2023, foi entregue ao STF em dezembro daquele ano, contemplando reajustes lineares, retorno da sobreposição para os técnicos judiciários e o ciclo de gestão para os analistas. E o presidente do Órgão só se dispôs a receber a categoria porque o diretor do Sintrajud Melquíades esteve com ele e avisou que os servidores estavam mobilizados e dispostos a fazerem greve, se ele não se abrisse às negociações.
Também estiverem presentes os coordenadores Fernando Neves, Enilson Fonseca e Eliana Leocádia, além das advogadas Débora Oliveira e Letícia Kaufmann, da assessoria jurídica.
Ao final da AGE e das atividades do primeiro dia do Congresso do Sitraemg, os servidores saíram gritando “É greve!”.
Vários informes
Ainda durante a assembleia, a coordenadora do Sitraemg Alessandra Barbosa fez breve relato sobre o que foi conversado entre o sindicato e membros da Administração do TRF6, no dia 10 de junho, sobre o projeto de reestruturação da Justiça Federal no estado. Ela alertou que o projeto vai trazer sofrimento, sobretudo, para os servidores do interior.
Na reunião, informou Alessandra, os representantes do tribunal prometeram não fazer remoções de ofício, e adiantaram que, primeiro, vai haver a reestruturação, depois a redistribuição dos cargos e, por último, as remoções. A coordenadora garantiu que o sindicato vai continuar acompanhando de perto, buscando informações junto ao Tribunal, em defesa dos direitos dos servidores.
Alessandra também aproveitou a oportunidade para reforçar o convite a todos os filiados para a corrida que o sindicato realizará no dia 16 de outubro, em Belo Horizonte, com desconto para os filiados, em comemoração ao Dia do Servidor. Depois da corrida vai haver, ainda, show musical.
Ações culturais do sindicato
O coordenador Carlos Cabeça relatou que a atual Diretoria Executiva está buscando resgatar a atuação do sindicato na área cultural. Vem incrementando as apresentações do Coral do Sitraemg e do bloco A Justiça não é cega, mantém o programa A voz do servidor todas as quintas-feiras, às 17 horas, pela Rádio Favela, de Belo Horizonte, e vai promover happy hours semanais a partir de 5 de agosto, no bar Barbazul, em Belo Horizonte.
Questão dos requisitados
O filiado Antônio Carlos de Andrade Filho, do cartório eleitoral de Caratinga, que esteve na audiência pública de terça-feira, 10 de junho, na Câmara dos Deputados, que discutiu o tema ““Impactos da proposta de terceirização de serviços da Justiça Eleitoral”, e também fez um relato sobre o evento.
Lamentou fortemente a ausência da ministra Carmen Lúcia, presidente do TSE, que nem sequer mandou representante, e advertiu que, se os requisitados da Justiça Eleitoral começarem mesmo a ser devolvidos ainda neste mês de junho, vai ser “uma tragédia”. Ele assegurou que os requisitados têm conhecimento, experiência e a confiança dos servidores efetivos. Também lembrou que são uma mão de obra barata e que “vamos precisar deles para as eleições do ano que vem”.
Possível greve na educação de BH
O diretor do Sindrede-BH Pedro Afonso Valadares falou aos presentes sobre a luta dos professores da rede municipal da Capital pela carreira da categoria. Ele afirmou que o prefeito Álvaro Damião, em vez de estar presente para discutir a pauta da categoria, está viajando para Israel para conhecer o projeto de segurança de um país cujo povo está tendo que se esconder em bunkers, depois de bombardear Teerã, capital do Irã.
“Se o prefeito não atender nossa reivindicação de um reajuste 12,49%, até segunda-feira, provavelmente vamos para a greve”, anunciou.
Assessoria de Comunicação
Sitraemg