Aproveitando mais uma manifestação da população pelo “Fora Bolsonaro” que no sábado (19) levou perto de um milhão de pessoas para as ruas, em quase 500 atos realizados nas 27 unidades da federação e no exterior, o Sitraemg, ao lado de outras entidades sindicais e da Frente Mineira em Defesa do Serviço Público, também convocou a categoria e foi junto para as atividades de mobilização ocorridas em Belo Horizonte e em várias cidades do interior.
Na capital, dezenas de milhares de pessoas se concentraram no início da tarde na Praça da Liberdade. De lá, desceram em passeata e carreata pela avenida João Pinheiro, rua Timbiras, avenida Afonso Pena, Praça Sete e avenida Amazonas, até encerrar na Praça da Estação.
Fotos do ato em BH:
Devidamente distanciados e mascarados, os manifestantes expressaram, pelos olhares iluminados e gritos ainda entalados na garganta, toda a indignação contra as políticas do anti-governo Bolsonaro: da omissão diante das 500 mil mortes pela Covid-19, completadas no sábado; do negacionismo à ciência em relação à pandemia; da destruição do meio ambiente; da drástica redução dos investimentos e da negligência em relação aos serviços públicos; da retirada de direitos de toda a classe trabalhadora; do entreguismo com a privatização de empresas públicas estratégicas, como a Eletrobras; e do abandono aos pobres.
Em faixas e cartazes, e em discursos nos carros de som, participantes pediram o impeachment e “Fora Bolsonaro”, “Fora Mourão” e “Fora governo genocida”, “não” à Reforma Administrativa e às privatizações, e “vacina já!”. Além disso, defenderam o Sistema Único de Saúde (SUS), a manutenção de todos os serviços públicos e auxílio emergencial de R$ 600. Em fotos ilustradas com chifres, denunciaram como “inimigos dos serviços públicos” deputados federais mineiros que já votaram “sim” (na CCJ da Câmara) ou que defendem a aprovação da PEC 32/2020.
Em recados ao governo estadual, os manifestantes protestaram contra a intenção do governador Zema de privatizar a Cemig e denunciaram que os projetos “Somar” e “Mãos dadas”, que tramitam na Assembleia Legislativa, são prejudiciais à educação pública.
Um grupo de servidores do Judiciário Federal, liderado pelos coordenadores do Sitraemg David Landau e Helder Magalhães, acompanhou toda a manifestação com bandeirinhas do sindicato e faixa alertando: “Reforma Administrativa = fim dos recursos da saúde, educação, moradia, todos os direitos sociais”. Ao microfone, David Landau (veja o vídeo abaixo) disse que é na rua que a população recarrega as energias para manifestar sua indignação “com esse governo que patrocina a morte”. Salientou que “a Reforma Administrativa também é parte da política de morte, porque acaba com os direitos básicos para a população”, para “aniquilar” o concurso público e para garantir a ocupação dos serviços por apadrinhados. “Por isso é que nós falamos que a PEC da Reforma Administrativa é a PEC da Rachadinha”, completou.
Sitraemg no ato em Juiz de Fora
O coordenador regional do Sitraemg Alexandre Magnus participou da organização e acompanhou o ato “Fora Bolsonaro” realizado em Juiz de Fora. A concentração foi no Parque Halfed, de onde saiu a passeata e carreata. Revezando-se ao microfone, Magnus, Frederico Krepe da Silva, Francisco Carlos da Silva (Sinserpu-JF), Maria da Conceição Oliveira Ferreira (Sindsep-MG), entidades parcerias do sindicato no Fosefe, denunciaram que a Reforma Administrativa é para acabar com os serviços públicos. Faixa do Sitraemg dizia “Não à Reforma Administrativa! Lutamos por vidas, SUS e educação pública. Vacina no braço e comida no prato. Defendemos o SERVIÇO PÙBLICO”. Ao longo do ato, com milhares de pessoas, foram encontrados vários filiados e servidores do PJU.
Fotos de Juiz de Fora:
