Reunidos em frente à Justiça Federal nesta terça feira, 28/07, os servidores do judiciário de Belo Horizonte realizaram um novo ato contra o veto da presidente Dilma ao PLC 28/15.
Entre os temas abordados houve o informe do Coordenador do SITRAEMG, Célio Izidoro, sobre o caso dos servidores do judiciário da Bahia. Segundo Célio, os servidores invadiram a reunião do pleno que iria referendar o ato que institui o corte do ponto dos servidores do TRT da 5ª região. Mas a mobilização dos servidores fez com que o ponto fosse retirado da pauta, e que após o ato, o presidente do tribunal concordou em se reunir com o comando de greve para discutir a questão. O coordenador ainda afirmou, devemos nos mirar no exemplo dos servidores baianos e aumentar a combatividade dos atos, com ousadia e coragem. Célio ainda fez um chamado para a AGE dessa quarta-feira, 29/07, que será decisava para resolver os próximos passos da greve.
O Oficial de Justiça Marco Antônio, fez uma fala ressaltando a importância dos servidores continuarem em greve até aquele o momento e convidou os servidores a pensar formas alternativas de mobilização, para manter a força da greve no estado.
A servidora Maria Luísa, deu o informe sobre o recolhimento de assinatura de juízes para usar como um argumento adicional no trabalho de corpo-a-corpo com os parlamentares pela derrubada do veto ao PLC 28/15. Segunda a servidora mais de 10 juízes já assinaram o documento (veja mais AQUI), e pediu que a iniciativa fosse levada aos demais tribunais.
A servidora Alzira falou da recente vitória do judiciário, mais especificamente dos servidores do TRE do interior, com a aprovação do PLC 25/15 (veja mais AQUI), sobre a isonomia entre os chefes de cartório. A sanção do projeto aconteceu na última segunda-feira, dia 27 de julho.
O servidor Nestor Santigado informou sobre as reuniões que tem acontecido entre os servidores da Justiça Federal, segundo Nestor “os servidores tem se mostrado coesos, e permanecem paralisados, devemos levar essa coesão também para o TRT e TRE”. O Servidor ainda falou sobre a campanha de desmoralização do judiciário por parte da presidente Dilma e da mídia, por isso ele propôs a realização de um ato em defesa da independência e valorização do poder judiciário.
O coordenador Igor Yagelovik fez uma analise sobre o momento atual da greve, segundo o Coordenador o governo está em conflito com ele mesmo e entre seus poderes. Igor afirmou que os poderes executivo e legislativo tem usado o poder judiciário como moeda de troca, e que o veto à reposição salarial dos servidores é uma questão muito mais política do que econômica. Para Igor “é possível usar esse momento de instabilidade a favor dos servidores, mas é preciso agir com estratégia”. O coordenador ainda alertou que os servidores não devem mais confiar no presidente do STF “O Lewandowski tem se tornado um advogado do executivo. Lutar de forma independente pela nossa reposição não significa apenas lutar por nossa dignidade, mas pelo futuro desse país, pois se formos derrotados veremos cada vez mais um judiciário atrelado ao poder executivo”, concluiu o diretor.
Finalizando o ato, o coordenador Célio Izidoro fez um informe sobre atividades amplas convocadas pelas centrais sindicais, destacando o Encontro “Minas Contra a Crise” e destacou a necessidade da união da classe trabalhadora contra os ataques do poder econômico, que nas palavras do diretor “só que terceirizar, precarizar e rifar o direito dos trabalhadores”.
