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É agora ou nunca: todos estão convocados para o Apagão pelo PCS

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Coordenadores do SITRAEMG e dezenas de servidores que aderiram ao Apagão em defesa da aprovação do PCS estão concentrados desde o início da manhã desta quarta-feira, 4, em frente ao prédio dos Cartórios Eleitorais de Belo Horizonte, na avenida do Contorno, 7038, bairro de Lourdes. Animados por músicas de protestos e de exaltação à greve, os participantes se revezam ao microfone, comentam os últimos informes acerca do movimento da categoria e das negociações em torno do PCS e convocam todos aqueles que ainda não aderiram ao Apagão, na capital e interior, a se juntarem aos colegas que já cruzaram os braços e se concentrarem em frente aos cartórios eleitorais, para se mobilizarem e impedirem o andamento dos registros eleitorais.

“É agora ou nunca”

“A luta é aqui, colegas. Precisamos muito de vocês. Unidos somos muito mais fortes”, lembrou o coordenador geral do SITRAEMG Hebe-Del Kader. Depois de exibir o áudio de uma declaração da presidente do TSE, ministra Carmen Lúcia, externando sua apreensão diante da anunciada greve dos servidores para o andamento do processo eleitoral, mas também dizendo-se preocupada com a questão salarial da categoria, o coordenador do Sindicato indagou: “A ministra está preocupada é com o modelo exemplar brasileiro de eleição e que tudo saia dentro da perfeição. Ela disse também que está preocupada conosco. Será?”. E completou: “Cada um de nós tem que fazer a sua parte. Unidos seremos mais fortes. Cada um de nós tem que contribuir nessa luta. É agora ou nunca. Se não for agora, PCS só daqui a uns três, quatro, cinco anos”.

Hebe-Del Kader (em pé, à esquerda), passou informes e incentivou a categoria a aderir ao Apagão (Foto: Erinei Lima)

Hebe-Del Kader também leu reportagem que aborda reunião realizada ontem (veja aqui) entre o presidente do Colégio de Presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), desembargador Marco Vilas Boas, e o presidente do Senado Nacional, José Sarney (PMDB-AP). A propósito, principalmente, do trecho da conversa em que o desembargador Marco Vilas Boas relata que “nós estamos estudando várias estratégias para que isso não resulte em prejuízos aos registros de candidaturas, nem que tenhamos que fazer sacrifícios nas cortes eleitorais, como requisitar servidores estaduais”, o coordenador geral do SITRAEMG fez um comentário irônico: “Até parece que isso já não existe. Independentemente da situação do colega requisitado, que merece ser respeitado, sabemos que tem requisitado também nos outros tribunais. Mas eles [os desembargadores] não estão preocupados com os servidores”. E a respeito da pressão das cúpulas do Judiciário e do Legislativo em relação à mobilização dos servidores, frisou que não é assim que se vai fortalecer o nosso judiciário, que está subjugado pelo Executivo e pelo Legislativo. Advertiu que, ao contrário, as autoridades desses poderes devem é fazer com que os servidores saiam de casa para trabalhar “com felicidade”, sem precisar de banco ou de empréstimo para saldar seus compromissos atrasados.

Diante do descaso da cúpula dos três poderes, cobrou espírito de solidariedade entre os colegas. “Quantos de nós deixamos muitos afazeres para fazer para estarmos aqui”, provocou.

“Precisamos de melhor estrutura do Judiciário, para fazermos justiça social”

A coordenadora do SITRAEMG Débora Mansur chamou a atenção para o fato de que os servidores estão aí  para servir bem a sociedade, mas precisa de estrutura para isso, que inclui salários dignos e melhores condições de trabalho. Ao contrário, está sendo negado, principalmente pelo Judiciário e pelo Executivo, a revisão de salários dos servidores que estão defasados há mais de seis anos. “Essa não é uma luta particular. Precisamos de estrutura do Judiciário brasileiro, para fazermos justiça social”, reforçou.

Débora Melo Mansur, coordenadora executiva do SITRAEMG (Foto: Gil Carlos)

Luiz Fernando Rodrigues, integrante do Conselho Fiscal do SITRAEMG, destacou o caráter social do serviço público, lembrando que, a rigor, “não existe nenhuma função no serviço público que não seja social”. E para que os servidores exerçam essa “função social”, é necessário que sejam bem remunerados e tenham uma carga horária que lhes permita um tempo necessário também para o descanso. E dirigindo-se àqueles que ainda não aderiram ao Apagão, disparou: “Infelizmente, não existe nenhuma fórmula mágica que venha determinar o nosso aumento. Não conseguiremos êxito senão pela mobilização, pela greve”.

Luiz Fernando Rodrigues, conselheiro fiscal do SITRAEMG e servidor do TRT (Foto: Gil Carlos Dias)

Também estiveram presentes na concentração em frente aos Cartórios Eleitorais de Belo Horizonte os coordenadores do Sindicato Hélio Ferreira Diogo e José Francisco Rodrigues.

 


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