Mais um duto da mineradora Vale se rompeu nessa semana. O vazamento foi localizado nesta segunda-feira (13/03) e os rejeitos atingiram rios das cidades de Congonhas, Itabirito e Ouro Preto.
A empresa informou que o duto que se rompeu está localizado na Mina da Fábrica, em Congonhas, e que o reparo já está sendo feito.
Ainda assim, o secretário do meio ambiente de Itabirito, Antônio Marcos Generoso, informou que o rompimento atingiu o Córrego do Prata, e na sequência, os Córregos Almas e o Ribeirão Mata Porcos, afluente do Rio Itabirito. A Vale foi notificada pelo orgão municipal, e a notificação pode gerar multa.
O abastecimento de água nas cidades se manteve estável e não houve registro de morte de peixes, mas ainda sim, o vazamento contribuiu para o assoreamento da beira do rio.
Entendo o caso
A Secretaria do Meio Ambiente do Estado de Minas Gerais (Semad) informou que o vazamento foi em uma tubulação que encaminha o rejeito de beneficiamento de minério de ferro para a barragem. O tubo, que se encontra enterrado estorou e os rejeitos acabaram por atingir a rede de drenagem pluvial da estrada operacional da Vale. Logo depois, seguiu para a barragem “Forquilha IV”, vazando próximo ao verdetoudo da barragem, atingindo os córregos.
Após a identificação do vazamento, o órgão ambiental solicitou o fechamento imediato do sistema de adução do rejeito e outras medidas cabíveis para evitar que o rejeito continuasse vazando. A Semad também informou que vai multar a empresa pelos danos do vazamento. A Vale também deverá encaminhar para a secretaria, em um prazo de sete dias, um cronograma de ações a serem feitas nas áreas afetadas pelo vazamento.
Tragédia da Samarco
Há pouco mais de um ano, o distrito de Bento Rodrigues, sofria com um dos maiores desastres ecológicos do país. O rompimento de uma das barragens de contenção da Samarco, mineradora brasileira controlada pelas empresas Vale S/A e a anglo-australiana BHP Billiton, causou uma enxurrada de 35 bilhões de litros de lama e rejeitos.
O pequeno vilarejo de Bento Rodrigues foi completamente destruído, várias pessoas foram mortas e a vida de famílias foram impactadas com o desastre. Além disso, o Rio Doce e seus afluentes foram atingido pela lama, o que levou a morte de peixes e outros animais que faziam parte do ecossistema da região.