Na quarta-feira (25/06), o Conselho Deliberativo de Entidades (CDE) da Fenajufe se reuniu extraordinariamente para discutir a proposta de reajuste para 2026 apresentada pelo coordenador do Fórum de Carreira do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), conselheiro Guilherme Feliciano. A proposta surgiu após reuniões entre a Federação e o Sindjus-DF.
A maioria do CDE aprovou o encaminhamento da seguinte proposta:
- Aumento do percentual da Gratificação de Atividade Judiciária (GAJ) para 165%
- Reajuste de 5% no Vencimento Básico (VB)
Ainda segundo a proposta, ficou acordado o compromisso de priorizar, a partir do segundo semestre de 2025, a reestruturação da carreira no período de 2027 a 2030, com reescalonamento das classes e padrões e debate sobre a redução da diferença remuneratória entre analistas e técnicos.
A direção majoritária da Fenajufe, ao aprovar essa proposta no CDE, desconsiderou o que foi deliberado em duas plenárias nacionais e no último Congresso da Federação, realizado neste ano. Nessas instâncias, a categoria aprovou a defesa de um reajuste emergencial, mas não que esse reajuste fosse linear, pois aumenta a diferença monetária entre técnicos e analistas (abismo salarial), e rejeitou a incorporação de gratificações como a GAJ como forma de reposição. Também não foi aprovada a Gratificação Permanente de Atividade de Tecnologia da Informação e Comunicação (GAPTIC).
A coordenadora do Sitraemg e da Fenajufe Eliana Leocádia, que participou da reunião do CDE, afirmou ser “sempre fiel às resoluções da categoria, tomadas em instâncias democráticas de decisão”. Salientou que essa é uma das atribuições dos coordenadores federativos, conforme prevê o artigo 22, inciso VII, do estatuto da Fenajufe.
Os coordenadores do Sitraemg que também integram a coordenação da Fenajufe – Alexandre Magnus, Eliana Leocádia e David Landau –, e também a filiada e coordenadora da federação Nélia Matos, bem como a representante do sindicato no CDE, a coordenadora Joana D’Arc Guimarães, são contrários a aprovação da proposta nos termos apresentados, por entenderem que qualquer mudança de rumo deveria ser antes discutida e validada pelas bases dos sindicatos filiados. Eles reafirmaram o compromisso com o respeito às decisões coletivas da categoria e alertaram para o risco de se abrir mão de pautas históricas sem o devido debate com os servidores.
Assessoria de Comunicação
Sitraemg