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Deputado Padre João garante votar “contra” e dá dicas de mobilização junto aos colegas favoráveis à PEC 32/20

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Em reunião com representantes do Sitraemg nesta quinta-feira (27), o deputado Padre João (PT/MG) garantiu que ele e toda a bancada petista estão “lutando muito” na Câmara contra a PEC 32/2020, da Reforma Administrativa. “Conte comigo. Conte com todos os deputados do PT”, reforçou. Na busca de mais apoio e o voto contra a Reforma Administrativa, representaram o Sitraemg os coordenadores Paulo José da Silva, Artalide Lopes e Agnaldo Pereira Costa, além da filiada e ex-presidente e coordenadora geral do sindicato Lúcia Bernardes. Também esteve presente Maria da Conceição dos Santos, do Sindsep/MG, entidade parceira do Sitraemg no Fosefe.

Confira o vídeo da reunião:

O parlamentar afirmou que os servidores têm ao seu lado, nessa luta, também colegas de mais cinco partidos: PSOL, PCdoB, PSB, PDT e Rede. Porém, são legendas que reúnem apenas cerca de 130 deputados. Número insuficiente para derrotar a proposta do governo, apesar de que mudanças na Constituição requerem um mínimo de dois terços da Casa (513 deputados) para aprovação. “Vocês têm que buscar o voto é do outro lado”, disse, referindo-se aos demais partidos, do espectro de direita, que estão “fechados” com a pauta neoliberal do governo na qual inclui-se a Reforma Administrativa.

Padre João ressaltou que essa política de desmonte do Estado brasileiro e dos serviços públicos teve início com a chamada emenda do Teto de Gastos (EC 95). E avaliou que, mesmo se o próximo presidente da República vier a ser alguém da esquerda, o nível de desmonte já alcançado até agora só poderá ser revertido se essa emenda for revogada. Lamentando a privatização da Eletrobrás recém-aprovada na Câmara, aconselhou as entidades a denunciarem parlamentares que votem nessas políticas do “Estado mínimo”, evidenciando o fato e suas respectivas fotos em outdoors e outros meios publicitários possíveis.

O coordenador do Sitraemg Paulo José da Silva relatou que, no governo Temer, a proposta de reforma previdenciária então proposta não foi aprovada graças a esse tipo de mobilização dos trabalhadores e das entidades. Participando de diversas frentes, o Sitraemg engajou-se na campanha “Se votar, não volta”, que acabou levando ao arquivamento da PEC 287/16 e, posteriormente, à derrota nas eleições de  muitos daqueles que votaram “sim” à proposta.

A representante do Sindsep/MG indagou ao deputado se ele poderia dar nomes de parlamentares hoje favoráveis à reforma que indicariam a possibilidade de mudança de posição, para as entidades procurá-los e realizarem sobre ele um trabalho de argumentação. Padre João respondeu dizendo que é importante fazer esse trabalho com todos os membros da Câmara. Porém, é necessário que se dediquem mais ao contato com os parlamentares dos partidos simpáticos à reforma (MDB, PSDB, PP e outros), incluindo as lideranças, para pelo menos expor para eles os problemas que decorrerão da PEC 32, caso seja aprovada. Recomendou, como ação estratégica, um encontro com o deputado Diego Andrade (PSD/MG), líder da Maioria na Câmara.

O deputado assegurou que ele tentará levar a reforma ao debate nas quatro comissões das quais participa (da Agricultura, dos Direitos Humanos, das Minas e Energia e do Seguridade Social e Família). Os outros colegas de partido farão o mesmo em suas respectivas comissões. Tudo isso para ampliar o debate e dificultar a aprovação da reforma.

Classificando a PEC 32/20 de “inominável”, o coordenador Agnaldo Pereira Costa reforçou que essa luta contra a proposta não é somente dos servidores, mas de toda a sociedade.

Reunião com deputado do PSDB

210524 Reunião com deputado Eduardo Barbosa

Na segunda-feira (24), o Sitraemg, representado pelos coordenadores Paulo José da Silva, Alexandre Magnus, David Landau e Marcus Vinícius, reuniu-se virtualmente com outro deputado federal mineiro: Eduardo Barbosa, do PSDB. Também participaram Ilva Franca, da Frente Mineira em Defesa do Serviço Público, e Maria da Conceição dos Santos, do Sindsep/MG.

Barbosa chegou a defender pontos da reforma e não disse que votaria contra. Apenas abriu-se para a possibilidade de defender alguma alteração ao projeto. Sugeriu que o sindicato enviasse a ele seus argumentos e pleitos em relação à PEC, o que já foi feito.

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