“Depois do que fizeram com o meu irmão, todos os servidores públicos, principalmente aqui do Distrito Federal, sintam-se abraçados, porque, a partir de agora, eu sou contra a Reforma Administrativa. Porque, se não fosse a estabilidade, ele não estaria aqui sentado, com a coragem que ele tem, de denunciar isso tudo que está ocorrendo. A estabilidade para o funcionário público é a garantia de que eles não podem ser coagidos como o Ônix tentou fazer com ele, armando até PAD e ações criminosas contra uma pessoa que só quer fazer o bem, combater a corrupção”.
• Confira o depoimento do deputado distrital
O texto acima é um trecho depoimento-bomba concedido pelo deputado Luiz Miranda (DEM/DF), na última sexta-feira (25), à chamada CPI da Covid-19, do Senado Federal, que apura a omissão e crimes de responsabilidade cometidos pelo Executivo federal em relação à pandemia do novo coronavírus. O parlamentar, integrante da base do governo na Câmara, é irmão de Ricardo Luiz Miranda, servidor concursado do Ministério da Saúde.
Os irmãos confirmaram à CPI que, juntos, foram diretamente ao presidente da República, em março, denunciar a suspeita de superfaturamento e outras irregularidades na aquisição da vacina Covaxin, pelo governo federal, e que Bolsonaro prometeu apurar o fato, mas não tomou nenhuma medida. Antes de irem à comissão, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Ônyx Lorenzoni, anunciou, de maneira intimidatória, que o governo decidiu abrir investigações contra ambos, na Polícia Federal e na Procuradoria-Geral da República (PGR).
A fala do deputado distrital acima destacada é um importante incentivo à luta contra a PEC 32/2020, da Reforma Administrativa. Se continuar a pressão sobre os parlamentares é muito provável que, no mínimo, a votação da proposta seja postergada para depois das eleições, já que a ameaça do “Se votar, não volta”, deixa a grande maioria deles preocupada com a possibilidade de não se reeleger em 2022.
Diante disso, o Sitraemg faz um apelo para que todos os servidores do Judiciário Federal e das demais categorias intensifiquem a mobilização contra a reforma. Uma delas é enviando mensagem aos deputados da bancada mineira e a todos os integrantes da Comissão Especial. Outra é acessando a enquete disponível no site da Câmara e marcando a opção “Discordo totalmente” da proposta. Veja abaixo:
• Envie mensagem pela rejeição da PEC 32/20 aos deputados mineiros e a todos os membros da Comissão Especial
• Acesse enquete da Câmara e marque a opção “Discordo totalmente” da PEC 32/2020