O coordenador geral do SITRAEMG Alan da Costa Macedo, em apoio ao colega James Magalhães Gonçalves, servidor do TRE-MG, que, nesta semana, publicou um artigo nos sites da FENAJUFE e do SITRAEMG (leia aqui), reforça os argumentos para a valorização da carreira dos técnicos.
Para Alan, o problema dos técnicos salta aos olhos, pois a sua quase totalidade executa tarefas que não correspondem àquelas previstas para os seus cargos.
Não se trata de brigar para ter isonomia com os Analistas por si só, mas, sim, que se corrija um fato histórico-social que desprestigia e enriquece ilicitamente o Estado, empobrecendo indevidamente o servidor.
Se o Técnico Judiciário, na prática, executa diuturnamente tarefas relativas a cargos com exigência de nível superior e o Estado o paga com correspondência a cargos de nível médio, há patente desvio de função.
Alguns perguntarão: por que então todos os técnicos não entram com ações individuais de desvio de função? Simplesmente, por que se voltassem ao status quo ante, o Judiciário pararia totalmente, pois os técnicos judiciários compõem quase 70% do quadro.
É praticamente impossível jogar todo o serviço que os técnicos, hoje em dia, realizam, para os Analistas.
O coordenador geral Alan diz que, em conversa com vários colegas Analistas, quando defende a valorização dos técnicos, não sente resistência por parte daqueles, pois é público e notório que, em muitos casos, ambos realizam exatamente as mesmas funções.
Temos que aproveitar o momento em que os Analistas vêm a público dizer que apoiam o movimento dos técnicos, mas que também querem criar seus núcleos para pleitear melhorias para suas carreiras.
Para Alan, os Técnicos e os Analistas devem fazer um pacto: um apoia o movimento do outro sem que tais movimentos contrastem com o interesse de cada carreira.
O Técnico pode e deve pleitear que se diminua a defasagem salarial entre os cargos, posto que não há justificativas funcionais para tal diferença.
Os Analistas que tem como parâmetro os outros cargos com funções análogas em outros poderes (que recebem bem a mais do que eles) também tem legitimidade para propor melhorias para sua classe.
Observe-se que os exemplos acima demonstram como se pode lutar juntos sem que os interesses de ambos os cargos se contraponham.
O que não pode acontecer, na visão de Alan, é que os cargos entrem em conflito, pois essa é a vontade do Poder Executivo: provocar brigas dentro das classes e diminuir suas forças para a luta comum (valorização dos cargos; revisão geral anual; saúde ocupacional etc.).
Assim, é o momento de união. “Chamemos todos para lutar juntos. Conclamemos a união de todos os cargos para que preparemos nossas armas para a valorização de todo o Judiciário”, diz Alan.
A nova direção do SITRAEMG apoia e incentiva a criação de núcleos para cada carreira e que estes núcleos descentralizados tragam à Coordenação Geral do Sindicato todas as suas propostas e reivindicações para deliberação. Esse modelo de gestão, na visão de Alan, é o que melhor se adéqua a realidade e o que garante melhores resultados.