Ontem (quarta-feira, 28) foi o segundo dia do julgamento de três dos nove acusados dos crimes da chamada Chacina de Unaí, que ocorreu em 27 de janeiro de 2004, com o assassinato de quatro servidores Ministério do Trabalho – os auditores fiscais Nelson José da Silva, João Batista Soares Lage e Erastótenes, e o motorista Aílton Pereira de Oliveira –, quando realizavam investigação de trabalho escravo na zona rural de Unaí (MG). Começaram a ser julgados na última terça-feira (27), no Tribunal do Júri da Justiça Federal, em Belo Horizonte, Alan Rocha Rios, William Gomes de Miranda e Erinaldo de Vasconcelos, que estão presos e respondem pelos crimes de homicídio qualificado e formação de quadrilha. O julgamento de Norberto Mânica, Hugo Alves Pimenta e José Alberto de Carvalho – o primeiro acusado como mandante e os outros dois como intermediários – está marcado para 17 de setembro. Antério Mânica, que é irmão de Norberto e depois do crime se elegeria prefeito de Unaí, por dois mandatos, também já foi pronunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) como mandante, mas não tem data prevista para ser julgado. Humberto Ribeiro dos Santos, segundo o MPF, já teve prescrito o crime de favorecimento pessoal pelo qual é acusado. Francisco Elder Pinheiro, que seria o novo entre os acusados pelo MPF, morreu em 7 de janeiro deste ano.
Leia, a seguir as informações as notícias de ontem do julgamento, em matérias publicadas na imprensa:
Estado de Minas: Informante acusa fazendeiro como mandante de Chacina de Unaí
Hoje em Dia: Empresário tem gravação que prova que Mânica ordenou Chacina de Unaí
O Estado de São Paulo: Delator acusa fazendeiro na Chacina de Unaí
Portal Minas Livre: Julgamento de réus da Chacina de Unaí
O Tempo: Hugo Pimenta confirma que fazendeiro ofereceu dinheiro para que pistoleiros confessassem o crime