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Categoria precisa de uma recomposição que atenda suas necessidades, defende palestrante

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“O primeiro direito que temos que garantir é à recomposição das perdas salariais”. A sugestão foi deixada pelo servidor aposentado, assessor e consultor de entidades sindicais Vladimir Nepomuceno, em palestra no Encontro Regional de Uberlândia.

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Assessor e consultor de entidades sindicais Vladimir Nepomuceno, no Encontro Regional de Uberlândia

O evento foi realizado pelo Sitraemg no sábado, 18 de março, no Hotel Comfort Uberlândia, com a participação de filiados e filiadas de cidades do Triângulo Mineiro.

As atividades foram conduzidas pelos coordenadores Paulo José da Silva, David Landau e Helvécio Moreira.

Abordando o tema “Perdas dos Servidores no período Temer/Bolsonaro e as perspectivas com o Governo e Congresso Atuais”, o palestrante defendeu que a recomposição deve atender as necessidades dos servidores do Judiciário Federal.

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Vladimir Nepomuceno com os coordenadores do Sitraemg David Landau (ao microfone) e Helvécio Moreira

Ele lembrou que o recente índice de 19,25% conquistado pela categoria está longe de recompor as perdas acumuladas nos últimos anos. Foram 36,28% ao longo dos governos Temer e Bolsonaro, de 2016 a 2022.

Nepomuceno alertou que as lutas dos servidores pela recomposição salarial e por outras bandeiras da categoria não serão fáceis.

O consultor explicou que a atual composição do Congresso Nacional tem o perfil mais conservador desde a redemocratização do Brasil, em 1985.

Segundo dados mostrados pelo palestrante, 369 dos 513 deputados (71,92%) são de partidos que votam sempre contra o servidor ou o serviço público. Em sua maioria, pertencem a siglas que integram o chamado “centrão”, e tendem barganhar o voto para cada matéria em tramitação. No Senado, o percentual é ainda mais desfavorável (81,48%).

Para o assessor e consultor sindical, esse quadro hostil aos servidores requer a busca do fortalecimento dos sindicatos. As entidades, segundo disse, enfraqueceram-se nos últimos anos, por uma série de motivos. Entre eles está o “desfinanciamento” e as dificuldades à ação dos seus dirigentes.

Ele sugeriu três ações para as entidades buscarem a recuperação da força perdida: 1) o aprofundamento, na base e entre as lideranças, da discussão sobre a organização sindical no serviço público brasileiro; 2) a retomada da pressão, sobre os três Poderes, pela regulamentação e o fortalecimento da organização sindical no serviço público; e 3) a busca da regulamentação da Convenção 151 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), e a tão desejada aprovação de uma lei que permita a negociação coletiva no serviço público.

Além do enfrentamento ao Congresso Nacional e à cúpula do Judiciário, o palestrante sugeriu que a categoria invista na Mesa Nacional de Negociação Permanente aberta pelo Executivo, defendendo as pautas que impactam o PJU.

Por fim, ressaltou a necessidade de os servidores buscarem se inserir na luta sindical: “Os servidores devem participar da vida sindical, do processo eleitoral das entidades, buscar se informar”, e completou dizendo que os sindicatos “devem educar sua base e modernizar sua atuação”.

Assessoria de Comunicação
Sitraemg

 

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