Partindo do pressuposto de que o meio ambiente é fonte dos recursos indispensáveis à manutenção de todas as formas de vida, considerando que entre os deveres estatutários do SITRAEMG está “promover e fiscalizar ações em defesa da preservação do meio ambiente” (art. 3º, X), a direção do Sindicato decidiu por intensificar as ações da entidade na pauta ambiental.
Dando encaminhamento à decisão da diretoria em reunião colegiada, o SITRAEMG tem buscado aproximação com organizações da sociedade civil apoiando e participando das lutas em favor da preservação e recuperação do meio ambiente natural.
Nessa linha, busca-se a inserção do Sindicato em redes de proteção ambiental, dentre as quais a Articulação Internacional das Atingidas e dos Atingidos pela Vale. No dia 22 de julho de 2016, a entidade participou de uma reunião para pensar formas de apoiar atingidas e atingidos pelo desastre causado pela Samarco (Vale e BHP Billiton) em Minas Gerais e Espírito Santo.
Os movimentos sociais que buscam reparação e indenização para as famílias afetadas, bem como recuperação das áreas ambientais degradadas, firmaram no encontro em referência uma agenda de lutas para marcar a passagem do primeiro aniversário do rompimento da barragem de Fundão, ocorrido 5 de novembro passado. O Sindicato ajudará na realização de uma audiência pública na cidade de Governador Valadares, no início de novembro, bem como se fará presente em ato no distrito de Bento Rodrigue, no dia 5, reforçando que só mediante a luta e a organização popular os direitos do povo brasileiro, vilipendiados pelas maiores mineradoras do mundo, serão assegurados.
Paralelamente, buscamos integrar a gestão do Comitê da Bacia Hidrográfica do rio São Francisco, entidade que compõe a Política Nacional de Recursos Hídricos, instituída pela Lei 9.443, de 8 de janeiro de 1997. Participamos do processo eleitoral em conjunto com cerca de 30 entidades, que se organizaram para eleger o “Instituto Guaicuí” para representar esse grupo de ambientalistas de Minas Gerais interessados em atuar a favor da preservação e recuperação do rio São Francisco e seus afluentes.
Por fim, estamos nos inserindo nas discussões relacionadas ao projeto “Canastra – Justiça e Reconciliação”, que faz parte das iniciativas do Núcleo Central de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos e Cidadania do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
O Sindicato também esteve presente, em 29/07/2016, na audiência pública convocada pelo Juízo Federal de Passos, com vistas a buscar uma solução mediada para os conflitos relacionados à delimitação do Parque Nacional da Serra da Canastra, localizado no sudoeste de Minas Gerais.
Participaram da atividade cerca de 300 pessoas, sendo que a audiência foi dirigida pela desembargadora federal Maria do Carmo Cardoso, pelo juiz federal Bruno Augusto Santos Oliveira, diretor da Subseção Judiciária de Passos, contando com a participação de Dom Mauro Morelli, bispo emérito da diocese de Duque de Caxias, ferrenho lutador em favor dos direitos humanos e do meio ambiente.
