Nesta quarta-feira, 21/10, haverá ato público, a partir das 15h30, em frente ao prédio da Justiça Federal em Belo Horizonte (avenida Álvares Cabral, 1.741, bairro Santo Agostinho), com a participação de auditores fiscais do Ministério do Trabalho, trabalhadores de outras categorias do serviço público e da iniciativa privada e vários dirigentes sindicais e de outras entidades da sociedade civil de Minas Gerais. Os participantes pedirão justiça e a condenação para os envolvidos no assassinato dos auditores fiscais do Trabalho Eratóstenes de Almeida Gonsalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva e do motorista Ailton Pereira de Oliveira. O quádruplo assassinato, ocorrido em 28 de janeiro de 2004, na zona rural do município de Unaí, no Noroeste de Minas, tornou-se conhecido como Chacina de Unaí. O SITRAEMG conclama também os servidores do Judiciário Federal que tiverem disponibilidade a se juntarem aos manifestantes e participarem do ato.
Conforme lembra o Sinait (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho), são quase 12 anos de espera pelo julgamento dos mandantes do bárbaro crime em que foram assassinados servidores do Ministério do Trabalho. Eles se dirigiam para uma fiscalização de rotina em fazendas na região noroeste mineira quando foram abordados numa estrada de terra e friamente assassinados com tiros na cabeça.
Ainda de acordo com relato do Sinait, quatro réus serão julgados em Belo Horizonte a partir desta quinta-feira, 22: Hugo Alves Pimenta, José Alberto de Castro e Norberto Mânica irão a júri popular no dia 22 e Antério Mânica, no dia 27. Os irmãos Mânica são acusados de mandantes. Hugo e José Alberto contrataram os pistoleiros, atuando como intermediários e pagadores. O julgamento está a cargo da 9ª Vara da Justiça Federal e será realizado no andar térreo da Av. Álvares Cabral, nº 1.741.