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Ato Público em BH destaca a necessidade de união e mobilização para conquistar direitos

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Dentro da mobilização dos servidores públicos do Judiciário Federal por recomposição salarial e melhores condições de trabalho, o SITRAEMG realizou, na tarde de quinta-feira, 3, um ato público em defesa do projeto de reajuste do Judiciário. A manifestação foi realizada em frente ao prédio do TRT na rua Mato Grosso, 468, no Barro Preto, em Belo Horizonte. Estiveram presentes servidores das três Justiças com representação na capital, e os coordenadores sindicais Alexandre Magnus Martins (geral e coordenador da Fenajufe também), Igor Yagelovic (geral), Célio Izidoro Rosa e João Baptista Sellera Bárbaro (financeiros), Daniel de Oliveira e Geraldo Correia da Cruz (executivos).

O coordenador Célio Izidoro, que também é servidor do TRT, abriu os trabalhos chamando os colegas a descerem e engrossarem a mobilização, pois já são oito anos sem reajuste salarial. Além disso, os servidores vem sendo submetidos a jornadas de trabalho exaustivas para que as metas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sejam cumpridas – ou seja, mais trabalho, sem aumento do quadro de pessoal. Para o sindicalista, é preciso uma greve forte para obrigar a cúpula da Justiça a pressionar o governo federal, de forma que ele não interfira na autonomia do Poder Judiciário.

Participantes do ato também assinaram abaixo assinado contra a PEC 59/2013, que cria o Estatuto do Judiciário e ameaça a categoria (Foto: Janaina Rochido)
Participantes do ato também assinaram abaixo assinado contra a PEC 59/2013, que cria o Estatuto do Judiciário e ameaça a categoria (Foto: Janaina Rochido)

O coordenador sindical também destacou que, apesar do governo bater na categoria, alardeando altos salários, bastou que os servidores se mobilizassem em greve para que o Planalto recuasse e abrisse canais de negociação. “Nada cai do céu, não existe milagre. O servidor é sempre o bode expiatório do governo quando se fala em cortar custos”, acrescentou Célio Izidoro, que ainda convidou a população a aderir à luta dos trabalhadores, uma vez que, com a precarização dos serviços públicos, eles também ficam no prejuízo.

Os servidores David Landau (TRT) e Alexandre Brandi Harry (conselheiro fiscal e servidor do TRE) também se manifestaram ao microfone. Dirigindo-se aos colegas, Landau falou da importância de construir a mobilização e comentou a apresentação do relatório do PL 6613/09, alertando para a falta de compromisso do Supremo Tribunal Federal (STF) com os acordos firmados com os servidores, já que o substitutivo do projeto, que previa a GAJ de 90%, só não foi contemplado por falta da assinatura do ministro Joaquim Barbosa (veja notícia específica aqui). Na visão de Alexandre Brandi, que também é ex-dirigente do SITRAEMG, “greve é a palavra” – para ele, só com a mobilização dos servidores as conquistas virão; caso contrário, todos serão seriamente prejudicados.

Alexandre Magnus, coordenador geral do Sindicato e membro da diretoria da Fenajufe, fez duras críticas ao governo federal pelo sucateamento do Judiciário, haja vista a PEC 33 (veja matéria aqui), e do serviço público como um todo. Para Magnus, é um absurdo um governo que se dizia a favor do trabalhador e que surgiu de movimentos de trabalhadores, sancionar algo como o Decreto 7.777/2012, que permite a substituição de servidores grevistas por requisitados (veja aqui). O coordenador ainda relembrou o PLP 549/09, que previa o congelamento salarial para os servidores públicos por dez anos (relembre aqui): “o governo já está consegundo colocar em prática os dez anos de congelamento, pois esse reajuste em três parcelas não repõe sequer a inflação. Só o plano de saúde no TRT, por exemplo, aumentou 15% – e esse impacto não foi parcelado”, apontou.

Pela rejeição da PEC 59

Durante o Ato Público desta tarde, o coordenador sindical Célio Izidoro Rosa também lembrou da luta contra a PEC 59/2013, que cria o Estatuto do Judiciário, transformando servidores dos Judiciários estadual e federal em uma só categoria. o sindicalista falou aos colegas do perigo da proposta, que possivelmente irá “nivelar por baixo” todos os trabalhadores e abrir caminho para que o STF faça o que bem entender a eles.

Nesse sentido, Célio pediu a todos que acessem o site do SITRAEMG para enviar cartas aos senadores pedindo a rejeição da proposta (veja aqui) e para assinarem o abaixo-assinado contra a PEC (saiba como aqui).

Veja galeria de fotos (todas as fotos: Janaina Rochido):

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