Durante o ato público, a presidente do TRT-MG, desembargadora Maria Laura Franco Lima de Faria, solidária ao movimento, desceu até o pátio de entrada do Tribunal e se pronunciou (vídeo abaixo) – o diretor-geral do Órgão também esteve no local da manifestação
Mais um grande ato público levantou os ânimos dos servidores do Judiciário Federal em Minas, na tarde de hoje, 18, durante manifestação da categoria em frente ao prédio do TRT da Getúlio Vargas. O ato registrou a presença de mais de 600 servidores que, dentre outros buscam incansavelmente a valorização da categoria, através da aprovação do PLC 28/15 (reposição salarial). Na manifestação foi deliberado o seguinte calendário: ato público, das 12h às 14h, nesta sexta, 19/6, em frente ao prédio dos Cartórios Eleitorais de Belo Horizonte (Avenida do Contorno, 7.038, bairro de Lourdes) e concentração às 12h, em frente ao prédio da Justiça Federal da Avenida Álvares Cabral,1.741, Santo Agostinho, e passeata até o prédio do TRT da Rua Mato Grosso, 468, Barro Preto.
Como já era esperado, muitos servidores se manifestaram, evocando palavras de ordem, chamando os colegas que ainda não estão no movimento paredista a o fazerem e reforçaram a necessidade de ampliação do número de servidores na greve. O diretor de base e membro do Comando de Greve David Landau parabenizou os colegas pela grande manifestação de ontem, 17, em frente ao prédio da Justiça Federal, que reuniu mais de 800 servidores (momento histórico) que, em assembleia, decidiram continuar na greve até a aprovação do PLC 28/15. Destacou, ainda, os quase 2 mil servidores na capital federal, no último dia 16, que se concentram em frente ao STF para pressionar as autoridades do Judiciário, Executivo e Legislativo pela aprovação do Projeto. O momento foi oportuno por causa da presença dos convidados para a posse do ministro Luiz Fachin.
E em um momento histórico dentro da mobilização dos servidores, a manifestação de hoje contou, também, com um pronunciamento da presidente do TRT mineiro, desembargadora Maria Laura Franco Lima de Faria. Em sua avaliação, como já demonstrado durante reuniões com o Sindicato e também em recente Portaria (veja aqui), a desembargadora se mostra sensível à causa e vem manifestando seu apoio ao pleito da categoria. “A família TRT está sensibilizada ao movimento e espera que tenha êxito com a aprovação do Projeto”, declara, ressaltando a necessidade de se fazer um movimento consciente e na medida certa, sem deixar que o jurisdicionado sofra consequências. Confira AQUI a fala completa da desembargadora.
O coordenador sindical Célio Izidoro Rosa, chamando os colegas para a luta, desabafou acerca da crise que assola o Brasil e criticou a postura do governo que, para estancá-la, vem sacrificando os brasileiros, sobretudo a classe trabalhadora, “que vem sofrendo com a retirada de direitos com a ampliação da terceirização. Esse é o recado do governo para todos os trabalhadores”, destaca o coordenador, que teve a corroboração de David Landau “a proposta do governo para os servidores do Judiciário é de rebaixamento, querem implantar o arrocho salarial, por isso, precisamos fortalecer o nosso movimento”, destaca o servidor.
As manifestações em todo o Brasil no dia de ontem também foram lembradas. Ao microfone, servidores destacaram a grande manifestação nos quatro cantos do Brasil, como no Rio de Janeiro, São Paulo, BH. Em Minas, os destaques também para as cidades do interior que também vem paralisando as atividades e contribuindo fortemente para o crescimento do movimento. “Esta é pressão que devemos fazer para aprovação do PLC 28/15, no próximo dia 30”, apontam os servidores.
“Estamos a quatro braçadas da Praia, não podemos desanimar; somos peças fundamentais nessa luta”, enfatizou o servidor da Justiça Federal/BH e diretor de base Nestor Santiago, incentivando os colegas a permanecerem firmes na luta, além de convocarem seus colegas. Outro diretor de base, José Francisco Rodrigues TRT/BH, mencionou que a greve da categoria já vem ganhando espaço na mídia e que é um ótimo sinal. “Sem nós (servidores), o Brasil não funciona, e, por isso, devemos buscar nossa valorização”, disse José Francisco, recordando-se das condições de trabalho, muitas vezes desumanas, a que os servidores são submetidos, como por exemplo, uma jornada de trabalho estendida sem pagamento de hora extra.
Também depois de falar sobre o movimento grevista e a necessidade de paralisação geral dento do Judiciário, Hebe-Del Kader, servidor da JF/BH, lamentou a morte do coordenador da Fenajufe João Evangelista Mendes de Sousa e pediu um minuto de silêncio pelo falecimento do colega. João morreu nesta quarta-feira (17) em São Paulo. O companheiro estava hospitalizado desde o último domingo (14), era Oficial de Justiça aposentado do TRT da 15ª Região, em Campinas.