Os servidores que participaram do ato desta quarta-feira, 7 de agosto, em Belo Horizonte, expressaram a convicção de que, se não houver união e luta, não vai haver avanço na carreira da categoria.
O evento foi realizado em frente à sede do TRF6, durante a paralisação das 11 às 14 horas, em todo o estado, pela reestruturação da carreira.
Essa certeza ficou evidente tanto nas falas dos participantes quanto nos aplausos que recebiam quando defendiam o fortalecimento da mobilização.
“Depende de cada um, aqui, para a gente construir o nosso Plano de Carreira”, alertou o coordenador do Sitraemg David Landau. “Se não avolumarmos esses atos, provavelmente os gestores (do STF) não vão encaminhar a nossa proposta (ao Congresso Nacional)”, advertiu o coordenador Alexandre Brandi.
Galeria de fotos do ato em BH:
David e Brandi referiram-se à proposta de carreira que foi aprovada pela categoria, em âmbito nacional, e protocolada pela Fenajufe, em dezembro passado, no Supremo Tribunal Federal. O tema está em discussão no Fórum Permanente de Carreira dos Servidores do PJU, do Conselho Nacional de Justiça.
Foco na proposta aprovada pela categoria
Outra unanimidade nos discursos foi a defesa da necessidade de a categoria continuar defendendo a proposta aprovada na XXIII Plenária Nacional, realizada em novembro passado, em Belém (PA).
A questão veio à discussão em razão da apresentação de duas novas propostas alternativas apresentadas ao Fórum: uma do Sindjus-DF contemplando apenas um reajuste linear; e outra sugerida pela Federação, mas sem passar por discussão e votação pelas instâncias de decisão da entidade nacional.
Técnicos e analistas presentes opinaram que a proposta é bem mais vantajosa porque ela reestrutura de fato a carreira e corrige injustiças e abismos da remuneração.
“Reajuste linear é o fim da picada, pois vai aumentar a diferença salarial, em prejuízo para os técnicos judiciários”, disse a filiada Nélia Rodrigues.
“Queremos a valorização de todas as carreiras. Técnico também quer justiça”, completou outra filiada, Liana Ferreira.
O coordenador do Sitraemg Enilson Fonseca lamentou que essas ações paralelas das entidades, juntamente com boatos pelas redes sociais, estejam confundindo os servidores e desvirtuando o foco da luta central do conjunto da categoria.
“Estaremos amanhã em Brasília, fazendo pressão sobre o STF e o CNJ, para que encaminhem a proposta de reestruturação da carreira aprovada pela categoria”, anunciou Enilson, explicando que ele e outros membros da Direção do sindicato se juntarão à caravana de Minas que já está na capital federal para os atos nacionais unificados que serão realizados na quinta-feira (8), em frente aos dois órgãos.
A coordenadora Alessandra Matias reforçou a necessidade da união dos servidores em torno dessa bandeira da categoria e da aproximação dos servidores mineiros com o sindicato, para que as lutas também se fortaleçam e alcancem êxito.
Mobilizações no interior
Seguindo orientação do Sitraemg, houve concentração de servidores também em cidades do interior, como Lavras e Novo Cruzeiro. Nesta última, os servidores do cartório eleitoral fecharam as portas no período da paralisação, afixando avisos de que o expediente estava suspenso.
Cartório de Novo Cruzeiro
Dois dias de panfletagem e atos em Brasília
Caravana organizada pelo Sitraemg, com mais de 60 filiados, incluindo membros da Coordenação da entidade, participa de intensas atividades de mobilização de dois dias em Brasília (DF), pelo encaminhamento urgente da proposta de reestruturação da carreira.
Nesta quarta-feira (7), servidores de todo o estado fazem panfletagem nos órgãos do Judiciário Federal do Distrito Federal, incluindo tribunais e conselhos superiores, convidando os colegas para os atos de quinta-feira (8).
Na quinta-feira, participam dos dois atos: às 10 horas, durante a reunião do Fórum de Careira, em frente ao CNJ; e às 14 horas, em frente ao STF.
Assessoria de Comunicação
Sitraemg