Os participantes do ato desta quarta-feira, 2 de julho, em frente ao edifício-sede da Justiça Federal, em Belo Horizonte, repudiaram veementemente a guerra de informação em curso, entre os próprios servidores do Judiciário Federal, sobre a principal pauta da categoria, no momento.
O coordenador do Sitraemg David Landau salientou que o embate interno por meio de grupos de Whatsapp e outras mídias sociais só traz prejuízos para a própria categoria. Se isto continuar acontecendo, advertiu, quem vai gostar são os magistrados, que terão mais tranquilidade para continuar se apossando do orçamento do Judiciário para ampliar seus privilégios.
Ele defendeu que o debate é legítimo, mas deve ocorrer nos atos e outros eventos oficiais da categoria, sobretudo na assembleia geral extraordinária convocada para sexta-feira (4).
A filiada do sindicato e coordenadora da Fenajufe Nélia Mota relatou que uma das notícias falsas que vem sendo veiculada é a de que a proposta do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), aprovada em plenária da Federação, prevê que a remuneração dos analistas passará a ser de apenas 85% da remuneração dos técnicos do judiciário.
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“Mentira!”, disse ela, explicando que técnicos é que passarão a receber o equivalente a 85% da remuneração dos analistas, corrigindo assim uma distorção histórica que vem desde 2002, quando foi retirada a sobreposição dos técnicos.
David Landau denunciou, mais uma vez, que a proposta de reajuste sugerida pelo Sinjus-DF e referendada pela força majoritária da Direção da Fenajufe, Democracia & Luta, além de ínfima, não tem legitimidade, pois não foi discutida nem aprovada em assembleias nas entidades sindicais que constituem a base da Federação.
“O grupo majoritário da Federação não nos representa”, reforçou a filiada Rosemare Petitjean, servidora aposentada do TRT3.
Recursos aparecerão só com greve
A coordenadora do sindicato Alessandra Matias Barbosa reiterou o apelo para que todos os colegas, independentemente de que cargo ou segmento sejam, participem da greve. “Vamos pensar na nossa luta. Vamos lutar com o sindicato. Vamos fazer o melhor para conseguirmos o nosso objetivo”, convocou.
O coordenador Enilson Fonseca lembrou que o ministro Luiz Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), só aceitou assentar com os servidores para iniciar as negociações depois da greve de 28 de maio.
Reforçando o argumento do colega David Landau de que o discurso das cúpulas do judiciário de que não há recursos para atender à pauta dos servidores, Enilson relatou que, recentemente, tomou conhecimento de que os magistrados recebem anualmente, só com a licença compensatória, mais de R$ 2 bilhões.
Landau acrescentou que os magistrados, com o passar dos anos, vão só aumentando seus penduricalhos: primeiro foi o auxílio-moradia, depois a licença compensatória, na sequência o quinquênio e, agora, chegou a vez da licença-prêmio.
Sexta-feira tem assembleia em BH
Além de belo-horizontinos da Justiça Federal, da Justiça do Trabalho e Justiça Eleitoral, estiveram presentes no ato desta quarta-feira (2) da Capital servidores de Governador Valadares, Sabará e Contagem.
Os coordenadores reiteraram o convite aos colegas de todo o estado para os dois atos programados ainda para esta semana, em Belo Horizonte: na quinta-feira (3/7), 13h, em frente ao TRE-MG da avenida Prudente de Morais, 100, Cidade Jardim; e sexta-feira (4/7), 13h, em frente ao prédio do TRT3 da avenida Getúlio Vargas, 225, no Funcionários.
O coordenador ressaltou a importância de uma presença massiva de servidores, sobretudo, no ato de sexta-feira, pois haverá também assembleia para avaliação do movimento grevista. “A assembleia será a oportunidade para a gente dialogar e definirmos não só o rumo da nossa greve, mas, também, sobre uma proposta alternativa que atenda de fato os anseios de todo o conjunto da nossa categoria”, concluiu.
Nesta quarta-feira, também houve atos e concentrações em várias outras regiões do estado, com o aumento das adesões ao movimento grevista.
Assessoria de Comunicação
Sitraemg