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Ato em BH mostra força da luta para “enterrar” a Reforma da Previdência

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Pouco depois das 16 horas desta segunda-feira (19/02), horário para o qual estava marcada a concentração para o ato público conjunto contra a Reforma da Previdência que se realizaria na Praça Sete, em Belo Horizonte, choveu torrencialmente na capital mineira. Ainda com poucas pessoas no espaço central da cidade, parecia que já estava decretado naturalmente o cancelamento da manifestação. Nada disso. Mais de meia hora depois, a chuva deu uma trégua e o que se viu foi gente e mais gente chegando, além de mais carros de som das centrais sindicais e, de cima deles, soando discursos inflamados e direcionados ao presidente Michel Temer e à base governista no Congresso reiterando e reafirmando a decisão de toda a classe trabalhadora de que continuará lutando incessantemente contra a PEC 287/16, até que o governo desista e resolva enterrar de vez essa proposta que praticamente acaba com a aposentadoria dos brasileiros.

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Muitos servidores do Judiciário Federal, atendendo à convocação do SITRAEMG, estiveram presentes, entrando no clima dos protestos e, ao lado dos coordenadores do Sindicato Célio Izidoro, Igor Yagelovic e Sandro Luis Pacheco, exibindo as faixas de protestos produzidas pela entidade e fazendo coro contra a proposta de retirada de direitos previdenciários e o governo corrupto e privatista de Temer. Os coordenadores também fizeram panfletagem no local, entregando aos participantes e transeuntes publicações do SITRAEMG mostrando prejuízos previstos na PEC 287/16 para a aposentadoria dos trabalhadores.

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Reforma necessária: pura balela

Embaixo e do alto do carro de som, foram muitas as manifestações de indignação. “Boi, boi, boi, boi da cara preta, pega Michel Temer e devolve pro capeta”, cantarolou um grupo de manifestantes. “Temer sai, a Previdência fica”, bradou outro.  Repetiram-se todas aquelas denúncias que já são conhecidas de sobra pela população, desmentindo os discursos do governo e da mídia em defesa da reforma: a Previdência não é deficitária, mas superavitária; não existe rombo no sistema, mas, sim, uma dívida bilionária do grande e protegido empresariado com o setor, além de políticas irresponsáveis de desonerações, falta de fiscalização e desvio de recursos para outros setores e até mesmo para custear as despesas mais banais do staff governista, através da Desvinculação de Receitas da União (DRU). Mais grave: o maior objetivo da reforma, denunciaram os participantes, é “jogar” os trabalhadores para o voraz mercado da previdência privada, para enriquecer ainda mais os banqueiros.

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“Vampiro Neo-Liberalista”

Usando uma cópia fiel da indumentária do “Vampiro Neo-Liberalista” – personagem caricato do presidente Michel Temer que foi um dos muitos recursos utilizados pela escola de samba Paraíso do Tuiuti, no último carnaval do Rio de Janeiro, para denunciar que a escravidão no Brasil nunca acabou e que a reforma trabalhista faz reavivar ainda mais a exploração do trabalhador que se via ainda no século XIX -, o professor de artes e diretor do Sind-Ute/MG Fred Lima foi ovacionado pelos participantes do ato, que posaram ao lado dele para fotos e vídeos, com direito a encenações de “ataques vampíricos”.  Em camisetas e placas, os manifestantes pediram “Fora Temer!” e “Diretas já!”. A intervenção federal na segurança pública no Rio de Janeiro, decretada por Temer, também não passou batida. Uns denunciaram que essa é mais uma medida arbitrária do presidente. Outros disseram que não passa de uma cortina de fumaça para esconder o vexame da derrota do governo com a dificuldade encontrada para aprovar a Reforma da Previdência, depois de alardear que aprovaria de qualquer jeito.

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Abraço simbólico ao prédio da Previdência

Mais uma vez, foram lidos os nomes de todos os deputados federais e senadores da bancada mineira que votaram a favor da reforma trabalhista, sob vaias monumentais para cada político citado, com o recado de que “Se votar (a favor da Reforma da Previdência), não volta!” – ou seja, dificilmente se reelegerá em outubro.

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A uma certa altura do ato, os participantes seguiram em passeata até logo abaixo, em frente ao prédio da Previdência, e realizaram um abraço simbólico da sede belo-horizontina, com todos andando de mãos dadas em torno de todo o quarteirão da avenida Amazonas com ruas Tupinambás e Rio de Janeiro. A manifestação encerrou-se como retorno à Praça Sete e novas falas de representantes das centrais sindicais.

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