Os servidores do Judiciário Federal em Minas Gerais realizaram, nesta quinta-feira, 19 de setembro, Dia Nacional de Mobilização, o terceiro ato em Belo Horizonte em defesa do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) da categoria.
Depois dos prédios do TRT da rua Goitacazes, em 20 de junho, e do TRF6, em 7 de agosto, desta vez a concentração ocorreu em frente ao prédio do TRE-MG da avenida Prudente de Morais, 100.
O coordenador do Sitraemg David Landau alertou os colegas que os gestores da alta cúpula do PJU já anunciaram que não há nada de benefício previsto para os servidores para 2025 além da incorporação da terceira parcela da recomposição salarial aprovada em 2023.
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Ele também salientou que, depois de anos de reuniões do Fórum de Fórum Permanente de Gestão da Carreira dos Servidores do PJU no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a única sinalização positiva para a categoria é a possibilidade do aumento do percentual do adicional de qualificação (AQ). “Ainda que seja aprovado, somente isto ainda não nos contempla. Queremos recomposição das nossas perdas salariais”, disse, citando números que evidenciam a defasagem salarial da categoria.
No mesmo período em que os servidores tiveram um reajuste de apenas 18,3%, de 2016 a 2024, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve uma variação de 48,52%, a gasolina um reajuste de 65,72% e a média da mensalidade escolar um aumento de 77%.
“Se a gente não conversar no meio dessa negociação, vamos ter que partir para a pressão”, avisou Landau, defendendo a definição de um calendário nacional de mobilização pelo PCCS. “Temos direitos. E temos que mostrar que não estamos satisfeitos com as administrações dos tribunais”, convocou o coordenador Nelson da Costa Santos Neto.
Valorização e adoecimento
O psicólogo Arthur Lobato, coordenador-técnico do Departamento de Saúde do Trabalhador e Combate ao Assédio Moral (DSTCAM) do Sitraemg também esteve presente e cobrou dos tribunais maior valorização dos seus servidores.
Chamou a atenção para o esforço feito por todos durante a pandemia, proporcionando altos índices de produção do PJU, e ainda correndo riscos de contágio do Novo Coronavírus, como foram os casos dos oficiais de justiça, ao realizarem diligências, e dos servidores do TRE-MG, ao se desdobrarem nas eleições de 2020. “Eu respeito esses cidadãos que são servidores, na capital e do interior”, resumiu Lobato.
Convite para a luta
Reiteradas vezes os participantes do ato, ao microfone, convidaram os colegas a descerem. “Estamos aqui, como já estivemos no TRT e no TRF6, é por vocês”, cobrou a coordenadora do sindicato Alessandra Barbosa.
Mas o coordenador David Landau, agradecendo os servidores que se dispuseram a participar, ponderou que a luta pelo PCSS está só no início. “O movimento começa assim, mas aos poucos vai crescendo. O importante é a gente estar aqui”, pontuou.
Assessoria de Comunicação
Sitraemg