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Analistas, técnicos, policiais e oficiais unidos pela valorização da carreira

Por David Landau, jornalista, servidor do TRT3  e coordenador Executivo do Sitraemg
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A reunião do Conselho Deliberativo, ocorrida no último sábado (18/05), reafirmou a necessidade de estarmos unidos para defender nosso plano de carreiras. Esse foi o sentimento geral do evento.

A aprovação unânime da proposta de greve para o dia 20 de junho representou uma grande vitória, ao resultar no empenho de todos os diretores de base para essa construção.

Várias falas apontaram para o problema de que a disputa orçamentária dentro do Judiciário é com a magistratura, que aprovou, recentemente, para si o direito às chamadas “folgas compensatórias” e vem articulando com o Congresso a possibilidade de aprovação de quinquênios.

Com isso, o artigo, aqui, não ignora que haja quem busca criar rivalidades, pelo contrário. Há sempre um discurso divisionista, oriundo de entidades, e autodeclarados representantes tanto de analistas como de técnicos, que atua no sentido de nos enfraquecer como categoria. Trata-se de um tipo de militância que, de forma consciente ou inconsciente, favorece os interesses corporativos da magistratura ou a linha política daqueles que defendem o desmonte do serviço público e a contínua diminuição do valor real de nossos salários.

O intuito divisionista também se alimenta da lógica da internet, que não tem nenhum controle perante versões mentirosas e distorcidas de fatos que são propagadas de forma organizada.

O plano de carreiras votado na plenária de Belém beneficia todos os cargos de nossa categoria. Ele é fruto de uma negociação da qual participei diretamente como signatário de uma das propostas que deram origem a essa síntese, e que já defendia a relação de 85% entre o último nível do analista e o do técnico. Não se trata apenas de “defender técnicos”, mas sim de fazer justiça. Na prática, técnicos e analistas fazem as mesmas tarefas.

Mas erra a Anajus, ao querer se postular como representante sindical de uma parte da categoria, se sobrepondo a instâncias que têm a participação direta e indireta de dezenas de milhares de servidores (técnicos e analistas) em nível nacional. A plenária nacional que votou de forma unânime pela proposta de carreira aprovada se deu com a eleição democrática de delegados em todo o país, em assembleias abertas para todas as ideias e filiados sindicais.

É bom deixar claro que a ideia da sobreposição não se dá diminuindo o salário de analistas. Pelo contrário, o plano de carreiras defende a equiparação com o ciclo de gestão do Executivo e com o salário de cargo de equivalente especialidade no Legislativo. Assim como a previa a proposta que subscrevi para a plenária e Belém, a que saiu do acordo também prevê a reposição de todas as perdas, para os analistas, desde o Plano de Cargos e Salários de 2006.

Um projeto como o de Belém, só pode ser aprovado por unanimidade com o apoio de servidores de todos os cargos. A plenária tinha lideranças de todos os cargos e nossa luta sindical representa a todos. Um exemplo disso é a nossa gestão no Sitraemg, composta por técnicos, oficiais, policial e analistas, na qual todos defendem o plano de carreiras. Alexandre Magnus, por exemplo, que é o atual dirigente que participou de mais gestões e também foi da direção da Fenajufe, é analista, mas nunca deixou de defender interesses de técnicos ou de outros cargos.

Diferenças de opinião sobre questões pontuais, como a principal bandeira a se defender em relação a aposentados ou a conveniência ou não de elencar prioridades, são naturais e esperadas. Em uma reunião como a do Conselho Deliberativo com a participação de mais de 100 pessoas não se pode esperar unanimidade em tudo, e ninguém é dono da verdade. Mas se é verdade que, às vezes, no movimento sindical, é necessário enfrentar problemas e desafios, também é verdade que as boas energias de quem chega ao movimento com vontade de lutar por direitos são fonte de motivação para quem se coloca à frente dos processos.

O Conselho Deliberativo foi um sucesso, saímos, todos, animados, unidos e fraternos, com um objetivo: aprovar o nosso plano de carreiras. Dia 20 de junho vai ser dia de paralisar e mobilizar. O dia 17 foi cansativo, mas temos motivação para agora conversar com nossos colegas e construir nosso dia de luta.

 

David Landau – Jornalista, servidor do TRT3  e coordenador Executivo do Sitraemg

 

Os artigos aqui publicados são de inteira responsabilidade do autor, não sendo esta necessariamente a opinião da Diretoria Executiva do SITRAEMG.

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