O Festival de Artes Negras de Belo Horizonte (FAN BH) é um festival dedicado à valorização e à difusão das diversas vertentes e expressões culturais da arte negra. Suas referências articulam as raízes ancestrais da cultura e às expressões de sua contemporaneidade, dedicando-se a fortalecer as matrizes tradicionais africanas ainda preservadas e aquelas resultantes do contato com outras culturas. Este ano, o festival vai do dia 25 ao dia 29 de novembro e acontece em vários locais da cidade, como praças, parques, museus, teatros e bibliotecas. Veja a programação completa clicando AQUI.
Com periodicidade bienal, o festival compreende uma ampla programação cultural, marcada pela diversidade de linguagens artísticas e pela participação de artistas, grupos e pesquisadores da arte e da cultura negra. Desde 1995, atua como um importante instrumento para valorização de manifestações populares, impulsionando a formação de um mercado local e fomentando a inserção de artistas da cidade nos circuitos culturais. Suas atividades também provocam diversificadas reflexões e promovem a democratização do acesso ao bem cultural pelos diversos setores da cidade.
Ao longo de sua trajetória, o festival tem se consolidado como um importante fórum de encontro entre artistas locais, nacionais e internacionais para compartilhar ideias, procedimentos e técnicas sobre a Arte Negra. Um grande fluxo criativo e formativo toma conta dos participantes estimulando a continuidade dos trabalhos por meio de oficinas, apresentações artísticas, encontros informais no Ojá – Mercado de Trocas e Saberes, entre outros. O Ojá (“mercado”, em iorubá) é um espaço que abriga grande parte das atividades do festival. Nele encontra-se de tudo: estandes com vários produtos e ofícios da cultura negra como corte de cabelo e penteados, tranças, cosméticos, além de diversos tipos de artesanato como bijous, esculturas, batiks, telas, desenhos; produtos de designers roupas, tecidos com estamparia afro, literatura e história de interesse da comunidade negra.
Além disso, o caráter internacional da programação do festival corrobora com a formação e com intercâmbios artísticos, consolida o nome de Belo Horizonte na realização de eventos mundiais do gênero e cumpre o papel de promover o fortalecimento das identidades culturais e incentivar a compreensão da origem e da inserção das diversas vertentes das culturas de matrizes africanas.