O presidente da República, em mais uma atitude irresponsável e desrespeitosa para com a população brasileira, fez ontem à noite um pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão reafirmando que há uma “histeria” em relação ao Coronavirus, que a imprensa faz sensacionalismo em torno do assunto, e defendendo o retorno à normalidade, com a volta do funcionamento das escolas, do comércio e do transporte, bem como o fim do confinamento.
Ele mostra, mais uma vez, que a única preocupação de seu governo é com a economia. E de forma ilógica, pois propõe a preservação das empresas com o corte (quase confisco) dos salários dos trabalhadores, o que reduziria o poder de compra das pessoas e prejudicaria a própria economia.
O momento, senhor presidente, é de união de todos em torno da busca da preservação da vida. E o confinamento, defendem corretamente os profissionais de saúde, é fundamental para que o vírus não se espalhe.
Então, se o senhor resiste a se engajar nessa luta, cale-se. E deixe em paz todos aqueles que queiram atuar no sentido da proteção e salvação da população brasileira dessa tragédia humana que se abate sobre o mundo.
Caso haja necessidade de mais recursos para o combate ao vírus, por que não taxar as fortunas dos 206 bilionários brasileiros que, juntos, acumulam uma riqueza de mais de R$ 1,2 trilhão, como sugere a Fenafisco? E por que não cobrar dos maiores devedores e sonegadores de impostos ou promover uma urgente auditoria na dívida pública, como previsto na Constituição Federal, e assim pararmos de pagar juros escorchantes só para enriquecer os banqueiros, como vem propondo há anos a Auditoria Cidadã da Dívida, com apoio do SITRAEMG?
Diretoria Executiva do SITRAEMG