Desfile do “A Justiça não é cega” consolida integração do bloco com a população

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Começou bastante vazio. Aos poucos, as pessoas foram chegando, umas se aproximando e só observando. Aos primeiros batuques da banda Santarém, que costuma se apresentar em atos públicos organizados pelo SITRAEMG, tocando marchinhas tradicionais do carnaval, uns já se arriscaram a cair no samba. A “coisa” foi se animando e veio o batuque do bloco “A Justiça não é cega”, constituída por servidores do Judiciário Federal, também entoando marchinhas e o samba-enredo “Canto das três raças”.

Já com a concentração de foliões se agigantando em frente ao prédio do TRT da rua Mato Grosso, 468, em Belo Horizonte, mais tarde chegou também a turma dos Filhos de Zambi, constituída por crianças, adolescentes e adultos moradores da comunidade quilombola dos Arturos, de Contagem. A essa altura, todos já estavam mais do que animados. Aí, com as três bandas à frente, teve início o desfile do bloco “A Justiça não é cega”, que foi criado por servidores do Judiciário Federal no início de 2016, com total apoio do SITRAEMG, fazendo na noite de ontem (sexta, 14) sua quinta participação anual consecutiva no pré-carnaval da capital mineira.

Veja a galeria de fotos:

Carnaval//2020: desfile do bloco "A Justiça não é cega"

A chuva fina que caía na região do Barro Preto não incomodou. Com muita alegria, servidores do Judiciário, familiares e amigos, além de muitos amantes naturais do carnaval belo-horizontino vindos de várias direções, saíram cantando e dançando pela rua Mato Grosso, depois pela avenida Augusto de Lima e descendo pela rua Ouro Preto, até a esquina desta com rua Guajajaras, onde as três bandas deram um show à parte, encerrando-se a folia com performances espetaculares de danças e outras riquezas da cultura afro, pelos Filhos de Zambi, já por volta das 23 horas.

Foi a primeira experiência do “A Justiça não é cega” fora do entorno da sede do Sindicato, onde ocorreram os desfiles nos anos anteriores. E, ao que parece, bastante enriquecedora, reforçando ainda mais a integração do bloco e da categoria com a população. Até mesmo os vendedores ambulantes, de bebidas e comidas, que acompanharam tudo, muitos deles também caíram no samba. E a presença de quantidade de ambulantes, evidenciando o alto grau do desemprego no país, veio ao encontro do samba-enredo deste ano: a música “Canto das três raças”, que foi um grande sucesso da falecida cantora mineira Clara Nunes, para homenagear o trabalhador e todas as raças (preto, branco, índio e mestiços), como forma de protesto às políticas do governo federal de desmonte do Estado brasileiro, do serviço público, dos direitos sociais e da Justiça do Trabalho.

Se valeu a pena? Claro que valeu. Em 2021 tem mais. E o SITRAEMG agradece a todos – foliões e integrantes dos três grupos – que contribuíram que abrilhantaram e ajudaram a valorizar ainda mais essa iniciativa, de levar de forma lúdica, às ruas e à população, os protestos dos trabalhadores contra as injustiças cometidas pelo governo.

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