O atual governo já vem desafiando a população com sua política de retirada de direitos desde que se iniciou, em janeiro. No Congresso Nacional, insiste em aprovar mudanças no sistema previdenciário que, além dificultar as aposentadorias, empurrará os trabalhadores para a Previdência Privada. Como se não bastasse, há duas semanas, o Ministério da Educação anunciou um corte de 30% nas verbas de todas as instituições federais de ensino, mesmo com o orçamento reduzidos com o congelamento de gastos públicos imposto pela famigerada Emenda Constitucional 95, aprovada no governo Temer.
Foi a gota dágua. As manifestações convocadas para ontem (quarta-feira, 15), para todo o país, para protestar contra a drástica redução orçamentárias da Educação, acabou unindo os profissionais desse setor, e alunos dos três níveis de ensino, a todos os segmentos que são prejudicados com a reforma previdenciária, e superlotando as ruas de todas as capitais e centenas de cidades do interior dos estados. Somente em Belo Horizonte, estiveram presentes mais de 200 mil pessoas. Com o depoimento do presidente Bolsonaro, do Texas nos Estados Unidos, dizendo que as ruas estavam repletas de idiotas, ampliou-se ainda mais de participantes e da indignação de todos.
Confira a galeria de fotos do ato:
Em Divinópolis não foi diferente. Atendendo à convocação feita pelo SITRAEMG, através da coordenadora Elimara Cardoso Gaia, que é lotada na Justiça do Trabalho naquela cidade, se juntaram aos trabalhadores das diversas categorias, professores e estudantes universitários, secundaristas e do primeiro grau, das redes pública e privada, além de representantes de entidades de ensino, sindicais, associativas e dos movimentos sociais, em ato unificado no centro divinopolitano com a participação de mais de 2000 pessoas.
Com bastante disposição, os manifestantes gritaram palavras de ordem e entoaram jingles de protestos contra o governo federal. Sobrou também para o governo do estado, inclusive com discursos direcionados ao governador quando passavam em frente a lojas de propriedade de Romeu Zema na cidade.
Palavras de ordem utilizadas pelos participantes do ato em Divinópolis: “Ô Bolsonaro, que papelão, tirou o livro pra botar arma na mão”; “Não vai ter corte, vai ter luta”; “A nossa luta unificou: é estudante junto com trabalhador”; “Ô Bolsonaro, seu fascistinha, os estudantes vão botar você na linha”; “Ô Zema, fala verdade, educação nunca foi prioridade”; “E a balbúrdia, que ele diz, tá sucateando a pesquisa no país”.
Confira os vídeos com alguns momentos da manifestação: