O SITRAEMG convoca os servidores do Judiciário Federal para o ato conjunto que será realizado na próxima quarta-feira (30/08), às 14 horas, em frente ao prédio da Justiça Federal da Avenida Álvares Cabral, 1.741, bairro Santo Agostinho, Belo Horizonte. O ato está sendo organizado pela Frente Mineira em Defesa do Serviço Público, que envolve várias entidades sindicais e associativas de servidores federais e estaduais – SITRAEMG, Anfip-MG, ANFFA Sindical, SINPRF-MG, Sinal-BC, DSMG/Sinait, Ansef e Sinpef, Serjusmig e Sindsemp-MG – e marcará o Dia Nacional de Protestos contra a destruição do serviço público em todos os poderes e entes da federação.
O objetivo é dialogar com a população para mostrar os descasos dos governos federal e estadual com o serviço público e os ataques sem precedentes direcionados aos servidores. Enquanto impõe redução drástica de gastos com transporte, segurança, saúde e educação, além de reforma da Previdência e enxugamento do quadro de servidores, em nome do ajuste fiscal e da garantia da aposentadoria, Temer destina bilhões de reais aos insaciáveis parlamentares de sua base de governo exatamente para a aprovação de tais medidas e para livrar-se de denúncia de corrupção.
Os participantes também vão manifestar sua indignação contra duas medidas mais recentes que caminham na mesma linha de ataques contra os serviços e servidores públicos: aumento da alíquota da contribuição previdenciária de 11% para 14% e privatização da fiscalização, através do PLS 280/2017, do senador Antônio Anastasia (PSDB/MG). Sobre a primeira medida, a Frente Mineira em Defesa do Serviço Público entende que, mais uma vez, os governos jogam nas costas dos servidores públicos a conta pelos desmandos e irresponsabilidades de seus atos nas áreas política e econômica, que provocaram intensa crise no país. Quanto à segunda, denuncia que, na prática, a proposta de Anastasia for aprovada significará a verdadeira destruição da fiscalização, uma vez que o PLS 280/2017 prevê a entrega das atividades típicas e exclusivas de Estado para a iniciativa privada.
A implementação do Estado Mínimo almejado pelos atuais governantes não beneficia a sociedade brasileira — que, certamente, não terá melhor qualidade na prestação dos serviços públicos — e não pode ser pretexto de solução de uma recessão à qual não deu causa.
Ato é apenas o começo
O ato conjunto da próxima quarta-feira será apenas o pontapé inicial de uma série de iniciativas de atividades que a Frente pretende promover, a partir de então, contra as políticas de governo prejudiciais ao serviço público. É o que ficou acertado em reunião dos representantes das entidades que a compõem, ocorrida na última quarta-feira (23), na qual o SITRAEMG esteve representado pelo coordenador Henrique Olegário Pacheco.