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Fenajufe encerra plenária sem alterações no estatuto

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Concluído nesse domingo (27/11), a XX plenária Nacional Extraordinária da Fenajufe conseguiu cumprir parte importante de seus objetivos, a atualização da análise de conjuntura após o impeachment e posse do governo Temer; o calendário de lutas contra a PEC 55; e votar as propostas remetidas à plenária por decisão do 9° Congrejufe, realizado entre os dias 27 de abril e 1° de maio de 2016, em Florianopólis (SC); entre elas o balanço da direção anterior, o plano de lutas e pauta de reivindicações da categoria, as propostas relativas ao modelo de gestão e implicações na saúde e na carreira do servidor, propostas de organização sindical e políticas permanentes.

Porém, a reforma estatutária, um dos pontos centrais do Congresso remetido à plenária foi prejudicado, tendo que ser mais uma vez adiado. Das 1440 propostas de alteração enviadas, pouco mais de 100 chegaram a ser apreciadas pela plenária, e nenhuma delas foi aprovada. A direção da Fenajufe apresentará no próximo período uma nova solução para reforma estatutária. Não sair com todos os pontos propostos votados foi alvo de críticas para muitos dos servidores mineiros que compareceram a XX Plenária Nacional. Alguns deles, que também estiveram presentes no Congrejufe, se disseram frustrados por voltar para suas bases mais uma vez com a sensação de não ter completado as suas tarefas. Confira abaixo alguns depoimentos.

Luciana Tavares – Oficial de Justiça TRF-1 / União Por Justiça

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“Infelizmente, ao contrário do que a gente esperava, a Plenária seguiu na mesma morosidade do Congrejufe. Há uma grande dificuldade em conseguir conciliar os interesses dos diferentes grupos políticos formados pelos servidores. Percebi que alguns se limitam a picuinhas e brigas desnecessárias, com o objetivo de procrastinar as votações que eles serão derrotados, sem levar em conta o mérito da questão mas sim a disputa”.

Rodrigo Peichoto e Marco Aurélio Chaves – Técnicos do TRE / Liberta Fenajufe

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A Plenária foi convocada pra discutir as questões estatutárias, porém houve uma mudança de ordem que prejudicou a essência da plenária. Questões de interesses de partidos políticos tem prejudicado os Interesses da categoria. Acredito que o fim das salas de consenso, propostas pela direção da Federação seriam a saída ideal para agilizar as votações da plenária. É uma pena e uma contradição que a proposta tenha sido rejeitada pela maioria dos delegados, que fazem o discurso do consenso mas derrubaram uma proposta tão interessante como essa.

Célio Izidoro – Diretor do SITRAEMG, Agente de Segunraça do TRT / Luta Fenajufe

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Eu acredito que nesse evento existe uma vanguarda muito boa que foi forjada na greve e pessoas novas que tem dado um novo folego pra Federação, mas há também um setor que tem tentado burocratizar a Fenajufe. Por sorte, a categoria tem percebido que esse setor burocratico não apresenta ganhos pra categoria, e esse setor tem sido derrotado na maioria das votações da plenária, e como resposta tem tentando travar as pautas para que nada seja votado. Apesar disso, acredito que estamos sendo vitoriosos pois o plano de lutas e as questões de conjuntura, que são a prioridade da plenária, aprovou ótimas propostas. Acredito também que temos que ter cuidado pra não confundir democracia com vícios, que atrasam os trabalhos. 

Carlos Humberto – Ex-diretor da Fenajufe, Justiça Federal de Uberlândia

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Os trabalho começaram a render de verdade no terceiro dia, os dois primeiros dias foram marcados pela falta de produtividade os debates de conjuntura e o plano de lutas aprovou boas propostas, mas mesmo assim acho que o espaço deixou a desejar, por essa falta de produtividade. Podemos avaliar que há um conjunto de fatores que levaram a essa falta de produtividade, como a intolerância da plenária para encaminhar questões propostas pela mesa, a falta de maturidade dos próprios delegados em tentar negociar questões simples, que poderiam ser consensualizadas, e até uma certa inexperiência da mesa, que poderia organizar melhor os trabalhos, com mais objetividade. A categoria tem que voltar a se reinventar como categoria, o problema nunca foi a existência de polêmicas, mas a forma como se lida com elas. Os grupos tem que amadurecer mais e perceber que todos tem que ceder um pouco, a intransigência não leva a ganhos para a categoria, nós já somos experientes o suficiente no meio sindical para buscar o bem comum. Apesar disso gostei muito dos painéis,  especialmente o do dia da consciência negra, aconselho a todos que a assistirem depois no youtube. 

Henrique Olegário – Analisa do TRT, Coordenador do SITRAEMG

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Foi a primeira vez que participei como delegado de um fórum nacional da Fanjufe, acredito que  avançamos mais que no Congrejufe, que participei como observador, porque lá a eleição da nova diretoria deixou tudo muito tenso e carregado. Acredito que a mesa não soube conduzir de forma consistente, pra que não se perdesse tanto tempo e tanta energia. Está provado que foi um equivoco o engessamento do modelo de votação do plano de lutas, com a votação em bloco sem possibilidade de emendas, nem do próprio proponente, perdemos contribuições valiosas que poderiam ter pequenos ajustes. Acredito que as contribuições de Minas foram valiosíssimas e a maioria contundente foi aprovada. Apesar disso, acredito que houve uma crescimento e um amadurecimento da categoria que não se limitou a uma única pauta, e apesar dos problemas foi um evento em que temos que reconhecer muitos ganhos.

Paulo José da Silva – TRT de Contagem

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Eu fui eleito na assembleia do SITRAEMG com uma das melhores votações. Minha expectativa era de discutir o plano de lutas e o estatuto da Fenajufe, mas pra minha surpresa esse debate foi postergado. Essa é a minha primeira experiencia em um evento da Fenajufe, e minha impressão não é das melhores, porque percebi que todos os grupos que atuam na Federação tem olhado mais para as suas pautas do que para o bem da categoria. Estou decepcionado com as brigas que houveram aqui, o contraponto e o debate de ideias é importante, mas a forma que aconteceu não priorizou a base dos trabalhadores, não sei se voltarei a outro encontro. Não simpatizei com nenhum dos grupos que atuam na Federação, porque eles estão mais preocupados em discutir sobre questões envolvendo a disputa de poder dentro da categoria do que pensar nas lutas do trabalhador.

Adriana Mesquita – TRE de Belo Horizonte

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O que a gente tem percebido é que falta unidade na Fenajufe, os grupos não conseguem se entender. Esse sindicalismo que está presente aqui parece que é do século 18, e não do século 21. São brigas intermináveis, assuntos que poderiam ficar para um momento posterior e interesses de grupos particulares foram priorizados, principalmente nos dois primeiros dias. Acho que os delegados tinham que ter mais maturidade. Pra mim a pauta principal seria a reforma do estatuto, e acho uma pena que a gente não tenha conseguido votar praticamente artigo nenhum. Por isto estou voltando com o sentimento de que ainda estou devendo pra categoria. Talvez tenhamos que estudar formas diferentes de fazer assembleia com outros métodos, perdemos muito tempo fechados nesse salão caminhando muito pouco. 

Nelson da Costa Santos Neto – Agente de Segurança do TRT

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Nós viemos pra cá com uma expectativa muito grande em deliberar propostas em beneficio da categoria. O espaço é muito bonito e a organização foi muito boa, mas foi prejudicado pela coordenação da mesa, que não soube conduzir os trabalhos de forma objetiva. O engessamento das correntes que atuam na Fenajufe prejudicaram toda a categoria, pois não sabiam lidar com a derrota de suas propostas. A mesa dos dois últimos dias foi melhor, e fez com que os trabalhos melhorassem. Acho que o rodizio dos coordenadores, que foi aprovado, vai ser um ganho muito grande pra Federação, pois permitirá que mais pessoas transitem e oxigenem a Federação com ideias novas pra superar essas dificuldades. Apesar dos problemas, acredito que houveram ganhos importantíssimos como as propostas do SITRAEMG, que foram aprovadas em sua maioria (apenas 2 foram recusadas), e todas as propostas em benefício dos Agentes de Segurança também passaram com a maioria dos votos.

Olavo Antonio de Oliveira – Oficial de Justiça de Justiça Militar

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Foi uma plenária boa de forma geral, a equipe que está na direção da Fenajufe é nova e precisa amadurecer. Mas, para seu primeiro evento, com pouco tempo de gestão, acredito que os ganhos foram positivos. Infelizmente não deu tempo de tratar sobre todas as coisas. Eu discordo do rodizio entre as chapas, mas entendo e respeito a decisão soberana da plenária. Gostei muito das palestras, tanto a de conjuntura como a do dia da Consciência Negra. Também quero agradecer por todo bom trabalho que o SITRAEMG tem feito, diretores e funcionários da entidade sempre dão toda a assistência para que tudo ocorra bem

Helder da Conceição Amorim – Técnico Judiciário da Justiça Federal

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Os tema polêmicos dos dois primeiros dias atrasaram um pouco os trabalho o que fez com que o plenário optasse por votar o Plano de Lutas através de blocos fechados, sem a possibilidade de emenda, e isso enrijeceu um pouco a elaboração, inclusive boas propostas foram rejeitadas devido a alguns itens que não eram bons, e eles poderiam ser retirados. Acho que faltou um pouco de maturidade da plenária em relação a disputa por propostas que poderiam ser consensuadas. Eu espero que futuramente a gente consiga rever alguns pontos e não perca tempo com pormenores para que não precisemos votar em bloco de novo. Mesmo assim, acho que foi positivo ter terminado de votar todo o plano de lutas.

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