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Gasolina fica mais cara a partir desta sexta

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A partir desta sexta-feira, o preço da gasolina sobe 10% e o do diesel 15% nas refinarias, conforme decisão do governo. Os postos de combustíveis de Belo Horizonte prometem manter os valores da tabela, já que o governo decidiu reduzir a Contribuição de Intervenção sobre Domínio Econômico (Cide) incidente sobre o combustível. Os especialistas, no entanto, têm dúvidas se realmente não vai ter aumento para o consumidor.

A reportagem do Estado de Minas ouviu na quinta-feira 10 postos de combustíveis na Grande Belo Horizonte. Todos afirmaram que as tabelas não vão ser alteradas nesta sexta-feira. O preço do litro da gasolina costuma ser mais caro na Zona Sul da cidade. No Posto Albatroz, no Bairro Funcionários, o litro estava na quinta-feira a R$ 2,55 à vista e R$ 2,64 a prazo. Já no Auto Posto Vale, na Região de Venda Nova, o litro da gasolina estava cotado a R$ 2,25. No Posto Alfa, na Lagoinha, o litro do combustível custava R$ 2,39 e, no Posto Boa Vista, no Bairro Boa Vista, o litro estava a R$ 2,19.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, determinou a redução de R$ 0,10 na Cide da gasolina (de R$ 0,28 para R$ 0,18 por litro), o que, segundo ele, neutraliza o impacto nas bombas. Já o diesel vai cair de R$ 0,07 para R$ 0,03 por litro. Como a redução vai ser menor, o diesel deve ficar cerca de R$ 0,14 mais caro. O reajuste para o combustível, de 15% na refinaria, deve representar um repasse de 8,8% nas bombas. Mas os postos de gasolinas ainda não acenaram que vão alterar a tabela do diesel nesta sexta-feira na capital.

O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, classificou na quinta-feira como “adequado” o tamanho dos reajustes da gasolina e do diesel. Segundo ele, não seria “correto” repassar ao mercado brasileiro aumento dos combustíveis na mesma proporção das elevações no mercado internacional. A “eficiência”, disse, é a chave para não reajustar os preços no Brasil junto com a oscilação do petróleo no mercado internacional. Gabrielli garantiu que não há novas elevações a caminho.

Desde o último aumento de preços implementado pela Petrobras, em 2005, o petróleo teve escalada de US$ 60 por barril para mais de US$ 100 no mercado internacional. No começo desta semana, chegou perto dos US$ 120. Segundo Gabrielli, mais de 70% dos custos da Petrobras na área de produção de petróleo estão ligados ao preço da commodity no mercado externo, sendo que 50% de impostos são pagos a preços internacionais.

Gabrielli afirmou que “o governo agiu corretamente” para minimizar os impactos do aumento do combustível nas pressões inflacionárias ao reduzir a cobrança da Cide na gasolina e no diesel. “O aumento da gasolina não deve ter nenhum impacto para o consumidor e o impacto do diesel é muito pequeno no IPCA”, diz. Ele afirmou que a política de preços da empresa “continua a mesma”. “Não pretendemos fazer com que o mercado brasileiro seja um mercado que represente exatamente o que acontece no internacional. Consideramos que a situação no país é muito diferente”, completou. (Com agências)

Fonte: Portal Uai

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