O coordenador do Sitraemg, David Landau, visitou o prédio da Justiça do Trabalho da rua Curitiba, em Belo Horizonte, no dia em que servidores retornaram ao trabalho presencial.
O objetivo da visita, acompanhada pelo funcionário do Sitraemg , Alexandre Esteves, no dia 17 de fevereiro, segunda-feira, foi verificar as condições de segurança para os Servidores, jurisdicionados, magistrados e prestadores de serviços que trabalham na unidade do Tribunal.
O servidores estavam em teletrabalho desde o incêndio ocorrido no primeiro andar do imóvel, em 21 de novembro passado. A coordenação do sindicato questiona o retorno presencial sem que fossem apresentados laudos dos Bombeiros e Perícia técnica que atestem o uso seguro do edifício.
“No momento em que o TRT3 determina o retorno, temos muitas perguntas sem respostas. Não nos apresentaram laudos, explicações ou garantias e nem há sinais de intervenções na estrutura do prédio, cujas características no preocupam, não só por ser antigo , como pela ausência de escada de incêndio e de passagem de emergência ativa,” detalha David Landau, que também é servidor do TRT3.
Clima de insegurança
Entre os servidores as dúvidas alimentadas pela não divulgação dos laudos e de obras estruturais são muitas.
“A sensação é que retornamos sem que o Tribunal tenha mudado nada na segurança do prédio. Não sabemos nem mesmo se a causa do incêndio foi a rede elétrica ou a geladeira que estava no local da explosão”.
Para outra analista, “o laudo deveria ter vindo como anexo no e-mail que nos convocou para o retorno presencial”.
Além do laudo dos bombeiros que não foi divulgado, uma servidora do prédio reforça que há muitas questões a serem respondidas: “Quais serão as rotas de fuga em caso de novo incidente? O que foi feito em relação aos chuveirinhos e alarmes de incêndio? A rede elétrica suporta todos nós no trabalho presencial?”, questiona.
“Demos muita sorte no incêndio que ocorreu. Não podemos contar apenas com a sorte daqui para frente,” diz uma servidora.
Solicitação do sindicato
Na semana anterior ao retorno, o Sitraemg já havia solicitado, em ofício protocolado no TRT, informações atualizadas sobre:
– As condições e instalações do prédio
– Laudo técnico, cópias das últimas vistorias, Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros) e do Certificado de Licenciamento do Corpo de Bombeiros (CLCB).
Em resposta pro e-mail a assessoria da presidência respondeu que o pedido seria anexado ao Epad 48.393/2024, onde não consta a existência de vistoria, laudo ou perícia posterior ao incêndio.
David Landau reforça que o sindicato acompanhará a situação no prédio da Rua Curitiba e continuará cobrando acesso às informações, laudos e documentos.
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