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Dia Nacional de Greves e Paralisações, 11/07, quinta-feira: grande concentração na Praça 7, em BH

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Dando continuidade às articulações iniciadas no Sindieletro/MG (02/07) e prosseguidas na sede da CUT/Minas (03/07), as principais lideranças de mais de 40 entidades, dentre as quais sindicatos de diversas categorias, movimentos estudantis e populares e as centrais sindicais, reuniram-se mais uma vez no último sábado (6), também na sede do Sindieletro/MG, para discutirem detalhes do Dia Nacional de Greves e Paralisações marcado para a próxima quinta-feira, 11 de julho. Representou o SITRAEMG o coordenador de Formação Sindical José Francisco Rodrigues, que faz, a seguir, suas considerações a respeito do que foi tratado na reunião de sábado:

“Novamente se percebeu, nas falas dos expositores, o apontamento para a necessidade de se pensar coletivamente e acertar a participação de todos nas manifestações da próxima quinta-feira, sem distinção de bandeiras e organizações na construção de uma rede de solidariedade. Juntos, somos mais fortes. Prova disso são as mudanças de conjuntura clamadas pelas manifestações das ruas. E virtude disso, passamos a ser ouvidos e respeitados. E com isso, as nossas pautas agora estão na ordem do dia.

Uma vitória conseguida com a construção de unidade entre as centrais sindicais, e estas, hoje, falando a mesma língua, deixando de lado as diferenças para novamente empunhar uma bandeira de luta, se juntando aos movimentos sociais, que, até aquele momento, estavam à frente da pauta de discussões.

Quanto ao ato do dia 11/07, carrega em si o fato de que, em Minas, as mobilizações durante o mês de junho foram sui generis, pelo fato de a esquerda ter participado com suas bandeiras, mesmo com alguns manifestantes contrários. Sabíamos que eles estavam interessados em colocar em descrédito os movimentos, como também desqualificar as bandeiras.

A classe trabalhadora, juntamente com os movimentos sociais e estudantis, tem que ter consciência da nova conjuntura posta pelas manifestações. Sabemos que a direita quer assumir a paternidade dessa pauta e não podemos deixar que isso venha a acontecer.

Dentro desta nova conjuntura, além das pautas já conhecidas, temos ainda a pauta da reforma agrária, que há muito vem sendo postergada, e o campo já não agüenta mais essa espera, pois cansou da letra constitucional que trata da função social da propriedade enquanto os latifúndios prosperam em sua especulação sem produção. Além da própria reforma agrária, não podemos deixar de pautar a reforma urbana, a reforma política, os gastos públicos do orçamento, a democratização da mídia etc..

O que se pode vê, diante dessa efervescência, é que estamos passando por uma crise de representação democrática. E não é uma crise organizada pela classe trabalhadora nem tampouco pelos movimentos sociais.

Daí que a presidenta Dilma veio a público ouvir e trazer, como projeto político, a proposta de uma constituição exclusiva, o que não constava da pauta dos atuais políticos nem teve o devido apoio em sua base governamental. Em lugar da constituinte, surgiu a proposta do plebiscito, que também sofreu um verdadeiro bombardeio, tanto dos políticos quanto da mídia, cuja vontade manifestada é de que essas propostas somente entrem em pauta após as eleições de 2014. Parece que ainda não entenderam os clamores das ruas. Diante deste fato, a classe trabalhadora, juntamente com os movimentos sociais, tem que definir os novos rumos do Brasil, refletindo os processos que vêm acontecendo nas últimas semanas, que indicam que o país não será mais o mesmo. E esse é o sentimento das classes trabalhadora, estudantil e dos movimentos populares, convencidos das esperanças de quem elegeu um presidente que carregou grandes expectativas de mudanças e estas não ocorreram.

Se hoje temos, em tese, o pleno emprego, a que preço isso acontece, se somos também campeões em acidentes de trabalho e a moeda da vez é a política de flexibilização de direitos, além da terceirização, pouco importando que isso acarrete um sucateamento do serviço público como um todo? Daí a necessidade de tentarmos reverter essa situação somente com a unidade em torno das transformações de que o país precisa.

Esse chamamento para o dia 11/07 é muito importante para a classe trabalhadora e para os movimentos sociais. Precisamos construir juntos uma unidade nas ruas, pois essas mudanças de conjuntura não são uma primavera brasileira, como vinha sendo chamada, mas, sim, um avanço de conscientização em busca de mudanças.

A reunião do dia 06/07 foi encerrada com os seguintes encaminhamentos firmados: o ato do dia 11/07, às 10 horas, em Belo Horizonte, terá como local de concentração a Praça Sete de Setembro, no centro da cidade. Depois, haverá uma passeata pela avenida Afonso Pena, com os pontos de protestos em frente à Prefeitura de Belo Horizonte, CEMIG (avenida Barbacena), Assembleia Legislativa e sede da TV Globo.

Se conseguirmos fazer com que governos e políticos se movam, então, como classe trabalhadora indignada, devemos nos juntar aos movimentos sociais, indo para as ruas e lutando por mudanças econômicas e sociais.”.

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