III Esojaf e VII Encontro Estadual dos OJFAs: o “bem-estar no exercício da função” do oficial de justiça

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Para falar sobre “Bem-estar no exercício da função”, palestra de abertura das atividades desta sexta-feira, 14, do III Esojaf – Encontro Regional Sudeste dos Oficiais de Justiça Avaliadores Federais e VII Encontro Estadual do segmento, eventos que se realizam simultaneamente ontem (quinta-feira, 13) e hoje, na sede do SITRAEMG, em Belo Horizonte, foi convidada a médica Naray Paulino, que é especializada em medicina do trabalho e psiquiatria forense, perito oficial nas justiças federal e estadual do estado.

De acordo com a palestrante, para falar sobre prazer ou desprazer no trabalho é preciso, primeiro, entender que o homem nasce para viver e sobreviver. Sobreviver é anterior a viver, pois viver implica em conceitos pessoais. “A vida é um conceito próprio de como você conduz a sua existência após sobreviver”, resumiu.

Para sobreviver, explicou, o homem precisa de aporte material (alimentos, roupa, proteção contra o tempo), e isso só se consegue nascendo rico, casando-se com uma pessoa rica, ganhando na loteria ou… trabalhando. O trabalho pode ser autônomo ou como empregado, temporário ou permanente, legal ou ilegal. Então, como viver com o trabalho, legal, lícito e permanente, como é o caso dos oficiais de justiça?

Para exercer com prazer esse trabalho, detalhou a palestrante, é preciso conhecer os elementos subjetivos e objetivos da profissão. Subjetivamente: reconhecer os limites pessoais e da profissão, as expectativas da comunidade e as fragilidades entre os pares, buscar algo que dê prazer, procurar não se fechar (“chore, xingue se estiver com raiva”). Objetivamente, é, no caso dos oficiais de justiça, ter reconhecida a periculosidade da função, recebendo o adicional pertinente e o seguro de vida; contar com equipamentos e instrumentos necessários (colete à prova de balas, porte de armas etc.); ter direito à aposentadoria especial, apoio policial efetivo para os locais e diligências de risco, treinamento custeado pelo Estado e o reconhecimento, por exemplo, de que, apesar do processo judicial eletrônico, o trânsito ruim – assim como a dificuldade da lida com as partes e outras peculiaridades da natureza “pessoal” do exercício da função – continua existindo. “O resto, depende de cada um”, concluiu.

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