Anulação da EC 41/2003: entidades reúnem-se em frente ao STF e decidem reforçar a coleta de assinaturas

Compartilhe

Representantes de diversas entidades de classe reuniram-se na tarde desta quarta-feira, dia 12, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, com o objetivo de entregar um abaixo assinado requerendo a anulação da Reforma da Previdência, realizada pela Emenda Constitucional 41, de 2003. Segundo a Ação Penal 470, o “Mensalão”, a reforma da previdência foi realizada com o auxílio de compra de votos.

O ato político, agendado para as 14h, contou com representantes da Condsef, Fasubra, Andes-SN, Sinal, Auditoria Cidadã da Dívida e Condsef; além do SITRAEMG, também estiveram representantes do Sindjus-DF, do Sindiquinze e da Anata. Após verificar que algumas entidades ainda não haviam devolvido as folhas do abaixo assinado, os presentes decidiram, de comum acordo, adiar o ato. De acordo com o coordenador executivo da Fenajufe Tarcísio Ferreira, percebeu-se que aquele ainda não era o momento oportuno, pois, além das folhas não terem retornado, existe a necessidade de reforçar a campanha e a coleta de assinaturas.

O sindicalista também informou que o Fórum das Entidades agendou uma reunião para a próxima quinta-feira, 20, para fazer um balanço do movimento e avaliar a entrada como amicus curiae na petição que está sendo preparada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que também pede a anulação da EC 41/2003.

O SITRAEMG foi representado pela coordenadora-geral Adriana Correa Valentino e pelas filiadas Áurea Maria Parreira e Ângela Maria Cota Gurgel. O envolvimento da Fenajufe e seus sindicatos de base na campanha pela anulação da EC 41/2003 foi uma proposta aprovada no 8º Congrejufe, realizado em abril deste ano em Caeté (MG).

Da direita para a esquerda, a coordenadora-geral do SITRAEMG Adriana Valentino e as filiadas Ângela Cota e Áurea Parreira: Sindicato mineiro é um dos envolvidos na campanha pela anulação da EC 41, que tantos prejuízos trouxe aos servidores (Foto: Janaina Rochido)

Colocados para fora

Mesmo a mobilização tendo sido pacífica e contado com um número de pessoas bem menor do que o que costuma comparecer às marchas, por exemplo, os seguranças do Supremo, ao perceberem a chegada de mais pessoas, inclusive com faixas, impediram a entrada de qualquer um que não fosse servidor do STF. Mesmo deixando as faixas do lado de fora do alambrado que cercava todo o prédio principal, participantes e jornalistas foram impedidos de entrar e, quem já estava do lado de dentro do cerco, foi colocado para fora, ainda que as razões do ato tenham sido explicadas em detalhes. A impossibilidade de diálogo foi classificada como “lamentável” pela coordenadora-geral Adriana Valentino, do SITRAEMG.

Representantes de entidades posam com uma das faixas proibidas de passar pelo cerco ao STF: novo ato vai aguardar a coleta de mais assinaturas (Foto: Janaina Rochido)

Trabalhadores perderam direitos

A Emenda Constitucional 41, aprovada em 2003, ampliou a exigência de tempo de serviço para servidores públicos promovendo redução de aposentadorias e em muitos casos inviabilizando a paridade, um direito constitucional adquirido. Entre outras medidas consideradas injustas, a reforma fixou também uma contribuição previdenciária imposta aos inativos que recebem proventos superiores ao teto do INSS. 

Compartilhe

Veja também

Pessoas que acessaram este conteúdo também estão vendo

Busca

Notícias por Data

Por Data

Notícias por Categorias

Categorias

Postagens recentes

Nuvem de Tags