Dicas de beleza e palestra sobre a “Mulher” foram oferecidas às filiadas pela passagem de 8 de Março

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Conforme já noticiado nas mídias do Sindicato, foi realizado, na última sexta-feira, 22, na sede da entidade, durante todo o dia, um evento dedicado às servidoras do Judiciário Federal em Minas, pela passagem do dia 8 de março – Dia Internacional da Mulher. Nesse mesmo dia foi realizado, ainda, o encontro mensal dos aposentados e pensionistas que trouxe os informes de interesse dos aposentados, lanche em comemoração aos aniversariantes de março, palestra e coquetel.  Veja as fotos ao término dessa matéria.

Ao longo do dia, as filiadas que vieram ao Sindicato receberam dicas de beleza e foram presenteadas com “SPA das mãos” (esfoliação), limpeza de pele e maquiagem. Cumprindo a pauta do evento, os filiados aposentados que chegaram para o encontro mensal, dentre eles, vários servidores do interior, além de usufruírem o “Dia da Beleza” (para as mulheres) ficaram a par da última movimentação em Brasília, realizada no último dia 20, acerca da PEC 555/06 que acaba com a contribuição previdenciária (veja matéria aqui). A coordenadora geral do Sindicato, Lúcia Maria Bernardes de Freitas parabenizou o grupo de aposentados que participou da manifestação em Brasília, e disse que para uma próxima viagem à Capital Federal, em defesa dessa PEC, levará um grupo ainda maior de aposentados para pressionar os parlamentares.

Palestra: “Mulher, Gênero e Poder”

Este foi o tema da palestra oferecida aos filiados que estiveram presentes ao evento e foi proferida por Eliana Piola, coordenadora da Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para as Mulheres (CEPAM), de Minas Gerais. 

Na explanação, de forma clara e exemplificada, Eliana mostrou como as mulheres ainda são discriminadas e sofrem com a desigualdade entre gêneros. Segundo ela, mesmo com todas as vitórias já alcançadas pelas mulheres, a partir da organização dos trabalhos feministas, como a conquista do voto feminino, a participação efetiva na política e a valorização no campo do trabalho, as mulheres ainda precisam avançar. “Nós, mulheres, avançamos na escolaridade e mesmo assim ganhamos até 35% menos que os homens no mercado de trabalho”, disse Piola, enfatizando que os desafios ainda são muitos. “A CLT – Consolidação das Leis do Trabalho – por exemplo, protege mais os homens porque as mulheres foram inseridas depois deles no mercado de trabalho”, pontuou.

Violência contra a mulher

“Acredito que a face mais perversa da desigualdade de gêneros é a violência contra mulheres”, assinalou Piola, dizendo que essa disparidade tem que acabar. Segundo ela, em cada 100 mulheres mortas, 70 são assassinadas em ambiente familiar. “Geralmente as relações em casa são assimétricas”. Se estas fossem mais equilibradas, com certeza a violência doméstica diminuiria. Para Eliana Piola a violência é de ordem cultural e pode acontecer em qualquer família, independentemente da classe social. Salientou, porém, que nas famílias mais pobres a incidência e reincidência são maiores devido às dificuldades financeiras.

Participação na Política

“Apesar de somarmos quase 52% do eleitorado brasileiro, apenas cerca de 12% nos representa no parlamento. Isso é uma disparidade”, destacou a palestrante, acreditando que as mulheres são capazes e podem trabalhar para aumentar esse percentual e buscar, cada vez mais, seus lugares no espaço político. Para exemplificar essa realidade, a coordenadora da CEPAM fez uma simples comparação: “Somos (as mulheres) criadas para o lar e para cuidar, diferente dos homens que crescem para a disputa. O primeiro presente de uma menina é uma boneca, já o de um menino é uma bola”.  Por isso temos que criar mecanismos para conquistarmos ainda mais os espaços públicos e fazer dessas mulheres, mais vereadoras, deputadas e prefeitas dirigindo os municípios.

Políticas públicas        

“As dificuldades das mulheres são enormes”, destacou Piola informando que as políticas públicas são extremamente importantes para a emancipação da mulher. Ela citou a Constituição Federal de 88, dita Constituição Cidadã, que diz que homens e mulheres são iguais perante a lei e, por isso, enfatizou a necessidade de os estados terem organismos para tratar exclusivamente as questões das mulheres. Na oportunidade, Piola citou, como muito positiva, a criação da nova legislação para as trabalhadoras domésticas, que possibilita a ampliação dos seus direitos.

“A violência não é concebível à mulher. Ligue e denuncie”, finalizou a palestrante que, em seguida respondeu às perguntas apontadas pelos participantes.

 

 

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