A última palestra do dia abordou um tema de tamanha importância para a preservação da saúde corporal dos servidores públicos. O tema: “Ergonomia: como posicionar-me no meu local de trabalho?” foi proferido pelo subsecretário de Assistência à Saúde Ocupacional do TRT-MG Gustavo Henrique Mendes, que é engenheiro mecânico especialista em Engenharia de Produção; pós-graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho e em Higiene Ocupacional.
Pequenas mudanças no dia a dia do trabalhador, sobretudo aos que fazem uso do computador, podem ser responsáveis por melhorias ou preservação da sua saúde. Talvez para muitos seja novidade, mas, uma boa e adequada mobília no posto de trabalho – em casa ou no ambiente de trabalho – faz toda a diferença, explica Mendes.
De acordo com o palestrante, as lesões osteomusculares – dores no pescoço, costas, ombro, braços e pernas – geralmente são causadas pelos seguintes fatores: posturas inadequadas; mobiliário inadequado; volume e ritmo inadequados e sedentarismo. O engenheiro disse que móveis são como roupas: um tipo para cada fim. E que mesas e cadeiras para uso de computadores têm de ser específicas para esse fim. Dando dicas e mostrando algumas imagens, Mendes informou que as cadeiras ideais são as que proporcionam bom apoio lombar e com regulagens de altura do assento. O palestrante alertou, ainda, que estas devem ter a certificação da ABNT- Associação Brasileira de Normas Técnicas – (NBR 13962). “Cadeiras de chefes”, aquelas grandes e robustas, geralmente não são adequadas para trabalhos ao computador. Sobre as mesas, foi informado que elas devem ter bordas para não marcar a pele dos braços; devem estar a 74 cm do chão; não devem refletir luz e não devem ter gavetas de teclado.
O engenheiro chamou a atenção dos colegas e pediu que para que tomem cuidado ao comprar uma mobília. Preço não é tudo. Segundo o engenheiro, hoje em dia existe um mercado muito grande que oferece esses materiais, porém, em alguns casos, de má qualidade, o que agrava a saúde do usuário. Mendes disse que no TRT de Minas, a questão quanto ao uso de mobília correta vem sendo observada, a fim de que todos os servidores trabalhem com o material adequado. Na oportunidade ele informou que a dor na coluna é muito comum entre os servidores deste Tribunal.
Pontos-chave para um bom posicionamento
– Sentar-se na cadeira mantendo a coluna ereta;
– Manter os braços sobre a mesa com os ombros relaxados, observando se os cotovelos formam m ângulo de 90 graus;
– Verificar a altura e a distância do monitor de vídeo – a primeira linha deve estar à mesma altura dos olhos;
– Regular o encosto – ele deve possuir uma curvatura que acompanhe à de sua coluna lombar;
– Os joelhos devem estar em um ângulo de 90 graus e os pés devem ficar perfeitamente apoiados no chão.
Pausas regulares no trabalho
Também abordada em outras palestras deste Encontro, Gustavo Mendes destacou a importância de incorporar ao trabalho as pausas a intervalos regulares. Segundo o palestrante o ato de sentar-se é um esforço, e todo esforço mantido por tempo excessivo pode adoecer. Para quem trabalha ao computador, para o engenheiro, fazer pausas significa levantar-se, alongar o corpo e caminhar, e não simplesmente parar o que estiver fazendo. No TRT de Minas, a pausa a cada 50 minutos trabalhados já é regulamentada através de Resolução Administrativa.
Notebooks: use com moderação
O palestrante pediu bastante atenção ao fazer uso de notebooks. Ele informou que estes aparelhos não foram feitos para trabalhos demorados. Explicou que a ergonomia é a adaptação das ferramentas ao homem, e o notebook é o contrário: é a adaptação do homem à ferramenta, e por ser de fácil deslocamento, geralmente os notebooks são usados em sofás, camas e em mesas de jantar, o que traz com facilidade alguma doença.
Grupos de trabalho e construção do Plano de Ação
Ao término desta última palestra os servidores se dividiram em grupos para discussão e elaboração do Plano de Ação.