I Encontro dos Assistentes e Assessores de Magistrados: a experiência das políticas de bem-estar para os servidores do TCU

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Na primeira palestra do “I Encontro dos Assistentes e Assessores de Magistrados”, realizado neste sábado, 23, na sede do SITRAEMG (veja aqui, mais informações), a secretária de Gestão de Pessoas do Tribunal de Contas da União, ao falar sobre “Políticas para o bem-estar do servidor: a experiência do TCU”, fez um relato da Política de Gestão de Pessoas implantado no TCU a partir de 2006, com os seguintes propósitos: “a promoção do bem-estar físico, psíquico e social dos servidores e de clima organizacional favorável ao desempenho será considerada prioritária em todas as ações relativas a gestão de pessoas”; “serão criadas condições que estimulem as pessoas a produzir, a compartilhar e a disseminar conhecimentos relevantes para seu desenvolvimento profissional e para a atuação do Tribunal”. Segundo a palestrante, tratam-se de ideias e intenções que, apesar de lançadas em 2006, estão “absolutamente atualizadas”.

Tais políticas foram implementadas como forma de motivar os servidores, tendo em vista a implantação dos processos eletrônicos no TCU. Ou seja: aumentar a produtividade sem comprometer a saúde e o bem-estar do funcionalismo daquele tribunal. Foi estabelecida como meta a obtenção de resultados em 2009/2010. E para garantir o aumento da produtividade, foram implantados as opções do teletrabalho (trabalho realizado em casa) e da utilização do especialista sênior (servidor de alto nível de desempenho, conhecimento ou experiência, para realização de trabalhos de grande impacto, mas temporariamente) e os sistemas de gestão de desempenho (com avaliações periódicas do desempenho dos servidores) e de reconhecimento (recompensa com a valorização profissional).

Reações ao teletrabalho

Apesar de facilitado com a implantação dos processos eletrônicos, o teletrabalho, que é opcional, não teve a adesão que a direção do TCU esperava. Segundo a secretária Cláudia Gonçalves Mancebo, mais de 80% dos servidores têm a possibilidade de trabalhar em casa. No entanto, de todo o quadro, apenas 9,4% (em 2009), 13,9% (em 2010), 14,45% (em 2011) e 14,92% (em 2012) fizeram essa escolha. Porém, como mostram os números, o interesse, embora lento, é crescente.

Quanto à avaliação de desempenho, a palestrante diz reconhecer que “ninguém gosta de avaliar e ser avaliado”, mas defende essa política dizendo que é feita de maneira bem criteriosa. E a respeito da gestão de reconhecimento, observou que requer muita criatividade para se estabelecer como compensar o servidor destacado.

O item “teletrabalho” aguçou a insatisfação dos assistentes e assessores de magistrados presentes em relação à prática velada desse sistema nos tribunais em Minas. Uma servidora do TRT reclamou que falta local adequado para esses profissionais e não há regras claras para o teletrabalho. “Os juízes são impermeáveis (às reclamações). São muitos processos e os prazos são curtos”, protestou outra. Houve também queixas de que o trabalho nos fins de semana e feriados é uma constante no 1º e no 2º grau da Justiça do Trabalho. “O Tribunal é a mãe do trabalhador e a madrasta do servidor”, filosofou outra voz inconformada.

Saúde e bem-estar

Conforme informou a palestrante, o TCU desenvolve uma série de programas destinados à prevenção de doenças, à promoção de saúde e de qualidade de vida, e realiza campanhas, palestras e eventos nas seguintes áreas: medicina, enfermagem, nutrição, psicologia, odontologia, educação física e assistência social. Dentre os programas e campanhas, destacou o Exame Periódico de Saúde (para diagnóstico precoce das doenças tratáveis, controle dos fatores de risco, acompanhamento do nível de adoecimento dos servidores ativos e aumento da eficiência dos programas de promoção, proteção e recuperação da saúde, proporcionando bem-estar físico, psíquico e social), Momento Saúde (prevenção de doenças cardiovasculares), e-TCU Saudável (ergonomia, saúde e qualidade de vida no trabalho), Clube da Corrida (para combater o sedentarismo), Clube da Caminhada (para favorecer a prática consciente e planejada da caminhada), Ginástica Laboral, Tá na Mesa (orientações aos servidores para uma alimentação saudável), Escolhas Conscientes (voltado para a preparação do servidor para a aposentadoria), e campanhas de vacinação de “Livro Livre” (incentivar o hábito de leitura com a circulação de livros dentro do TCU).

Texto de Clarice Lispector

A secretária de Gestão de Pessoas do TCU encerrou sua palestra lendo o texto “Mudança” (leia aqui), da escritora e jornalista Clarice Lispector, nascida na Ucrânia, mas naturalizada brasileira. Ela faleceu no Rio de Janeiro, em 09/12/1977.

 

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