Indignação dos servidores da Cemig: sob pressão da Andrade Gutierrez, estatal mineira escolhe pior caminho

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“Não podemos nos abdicar de direitos pretéritos, porque podemos ser cobrados pelos nossos acionistas”. Essa frase é do presidente da Cemig, Djalma de Morais, e foi dita durante uma audiência pública no Senado que debateu a Medida Provisória 579.  Djalma se referia à expectativa dos acionistas e citou, inclusive, o grupo Andrade Gutierrez.

O presidente da Cemig ressaltou que, quando os sócios adquiriram os ativos, contavam com o direito de passar, pelo menos, por uma renovação dos contratos de concessão. Ao que parece, a Andrade Gutierrez está cobrando a fatura e quer fazer valer a sua expectativa, deixando a diretoria da empresa e o governo do Estado bastante apertados com a situação. Por isso, a direção da Cemig faz tanto terror com os eletricitários. Querem tirar do bolso do trabalhador para colocar na mesa dos acionistas.

Cemig escolhe o pior caminho

Na avaliação do Sindieletro/MG, entidade representativa dos trabalhadores da empresa, a Cemig, uma empresa pública, joga contra o povo mineiro ao se recusar a renovar as concessões e a baixar a conta de luz. Tudo para manter o lucro alto para acionistas. Para piorar, a empresa quer debitar na conta dos trabalhadores as demissões, a redução de salários e os cortes de benefícios para manter a distribuição de dividendos altíssima.

A empresa sabe que é primordial para o Brasil se proteger da crise econômica internacional, para não sofrer com a recessão que atinge a Espanha e muitos países da Europa. A iniciativa do Governo Federal em antecipar a renovação das concessões no setor elétrico, faz parte da estratégica do Brasil para fortalecer o mercado interno e nossas indústrias diante da crise econômica mundial.  Por isso, o governo federal busca diminuir o “custo Brasil” com a redução das tarifas de energia para o povo brasileiro e para as indústrias.

 Este cenário demandará das empresas de energia, incluindo a Cemig, mais trabalho, mais investimentos em modernização, ampliação da rede e o aprimoramento do quadro de pessoal, com a realização de concurso público. As novas tarifas definidas pela Aneel, para janeiro de 2013, já cobrem o custo operacional das empresas de energia, incluindo a despesa com pessoal. O custo será pago pelo consumidor. As novas tarifas incluem, também, 10% de lucro para a operação das usinas e linhas de transmissão.

Mas, ao invés de pensar no fortalecimento da empresa, acabar com a terceirização e fazer investimentos no Estado, a direção da Cemig toma outros caminhos. Prefere apostar no terror, do que motivar e apostar nos trabalhadores.

Sabemos, conclui a direção do Sindieletro/MG, que a Cemig não vai quebrar com a MP. Mas esta gestão que transfere bilhões para acionistas não pode continuar. A nossa proposta é que o lucro fique na empresa para reduzir o endividamento da Cemig, que muitas vezes fica acima do que o estatuto permite, e na modernização da rede, aumentando a segurança da população. Estamos pensando na Cemig.

Fonte: Sindieletro/MG

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