O SITRAEMG informa que o corpo do oficial de justiça da Justiça Federal Daniel Norberto da Cunha, localizado pela Polícia ontem (segunda-feira, 28), na avenida João César de Oliveira, em Contagem (MG), está sendo velado no Cemitério Parque Renascer (Via Manoel Jacinto Coelho Júnior, 1800, Chácara Boa Vista, Contagem/ MG), onde será sepultado (ou cremado, não se sabe ao certo) às 10 horas desta terça-feira, 29 de maio.
Veja as últimas informações a respeito da morte do oficial de justiça em matéria publicada na edição de hoje do jornal Estado de Minas:
“FIM DO MISTÉRIO
Oficial foi assassinado
Thiago Lemos
O corpo do oficial de Justiça Daniel Norberto da Cunha, de 54 anos, desaparecido desde a noite de quinta-feira, foi encontrado ontem à tarde em estado de decomposição no próprio carro, estacionado há quatro dias na Avenida João César de Oliveira, principal via de Contagem, na Grande BH. Nem a grande movimentação do local, cartazes espalhados pela cidade e polícia avisada sobre o sumiço foram suficientes para alguém perceber o veículo parado por tanto tempo com um cadáver. Com marcas de violência no corpo, os indícios são de que ele foi assassinado. Imagens de vídeo registraram a chegada do veículo e um homem fugindo apressado, com uma pasta e usando luvas cirúrgicas.
Policiais federais e civis vão trabalhar juntos no caso e as linhas de investigação são de latrocínio ou vingança, mas o delegado da PF Rodrigo Fernandes disse que a linha inicial será de roubo seguido de morte. Outro policial, no entanto, informou no local que o crime pode ter motivação passional. O primeiro passo será identificar o suspeito que aparece nas gravações feitas pela câmera de uma agência bancária a poucos metros do carro. Segundo fonte da Polícia Civil, o Fiat Idea chegou ao local às 21h57 de quinta-feira, três horas após o oficial fazer o último contato telefônico com a mulher.
Na tarde de ontem, uma pessoa se aproximou do veículo, sentiu o cheiro forte e chamou a polícia. Por causa da película escura, a situação do carro passou despercebida até de um agente de trânsito, que multou o veículo por falta de talão de rotativo. O corpo de Daniel estava no banco do passageiro na frente e o carro trancado, sem as chaves.
A perícia trabalhou no local por mais de três horas recolhendo impressões digitais e indícios do crime no veículo. Peritos confirmaram que ele apresentava ferimentos na cabeça, tórax e uma lesão no pescoço. Outra conclusão foi a de que a vítima foi morta em outro local, fora do automóvel, e depois transportada para a avenida.
O reconhecimento foi feito pelo filho mais velho de Daniel, o auxiliar jurídico Rafael Filipi Amaral da Cunha, de 25, um cunhado e três colegas de trabalho, por meio da roupa. Conforme os peritos, joias e uma pochete foram levadas, mas outros pertences foram deixados, como um notebook, uma chuteira e envelopes com os mandados.”
